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Domingo, 05 de maio de 2024

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Presidente de El Salvador recua e descarta romper relações com Brasil

O presidente de El Salvador, Salvador Sánchez Cerén, afirmou nesta terça-feira (17) que seu governo "não pensou" em romper relações com o Brasil, após o afastamento da presidente Dilma Rousseff da Presidência. Há três dias, o presidente salvadorenho disse que não reconheceria o governo interino de Michel Temer.


"El Salvador não pensou, nem vai pensar imediatamente em romper as relações com o Brasil, porque sabemos das relações e a cooperação que existem entre El Salvador e Brasil", assegurou Sánchez Cerén em uma coletiva de imprensa.

O partido do presidente salvadorenho, o Frente Farabundo Martí para Libertação Nacional (FMLN) tem fortes vínculos com o Partido dos Trabalhadores (PT), legenda de Dilma Rousseff.

No último sábado (14), ele declarou que o afastamento de Dilma Rousseff era uma "manipulação política". Na ocasião, o presidente salvadorenho disse que havia conversado com a embaixadora do país no Brasil, Diana Marcela Vanegas, e que a havia instruído de não participar de nenhum ato oficial do governo interino.

Nesta terça-feira, Sánchez Cerén declarou que Vanegas irá a El Salvador para "apresentar um relatório de como está a situação" no Brasil. "Ela irá nos apresentar este documento porque queremos um monitoramento contínuo da situação no Brasil, não significando que essa medida é uma retirada de nossa embaixadora", explicou.

Acordos econômicos entre San Salvador e Brasília

Na segunda-feira (16), o governo interino do Brasil pediu que El Salvador reconsiderasse seu rechaço a Temer, lembrando os acordos econômicos entre San Salvador e Brasília.

Em resposta, o presidente salvadorenho disse que "respeita" a postura do Brasil e reconheceu as relações "de amizade e cooperação" entre os dois países. "Somos dois povos que temos relações históricas e, portanto, devido a estes intercâmbios que estão ocorrendo não há nenhuma possibilidade de rompermos as relações com o Brasil", insistiu.

Apoio à Dilma Rousseff

Vários governos latino-americanos, como o Uruguai, a Venezuela, a Bolívia, o Equador e a Nicarágua, além da Conferência Permanente de Partidos Políticos da América Latina(Coppal) já haviam manifestado apoio à Dilma Rousseff. Já o secretário-geral da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), Ernesto Samper, declarou que o afastamento da presidente prejudica a democracia do Brasil.

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil emitiu, na última sexta-feira (13), dois comunicados repudiando as críticas de vários governos latino-americanos sogre a legitimidade do governo Temer.

O texto do comunicado divulgado pelo Itamaraty, que agora tem José Serra no comando, "rejeita enfaticamente as declarações desses governos, que se permitem opinar e propagar falsidades sobre o processo político interno no Brasil. Esse processo se desenvolve em quadro de absoluto respeito às instituições democráticas e à Constituição federal. O rito estabelecido na Constituição e na Lei foi seguido rigorosamente, com aval e determinação do STF".
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