O pai de uma das 130 pessoas mortas no fim do ano passado em Paris, após uma série de atentados terroristas, abriu processos contra Google, Facebook e Twitter. A acusação feita por Reynaldo Gonzalez, que perdeu sua filha Nohemi na tragédia de 2015, é de que, de certa forma, as três empresas facilitaram o trabalho do grupo responsável pelos ataques. Gonzalez alega que as companhias ofereceram “suporte material” para o Estado Islâmico e que, dessa forma, elas permitiram que o grupo recrutasse membros, obtivesse dinheiro e espalhasse “propaganda extremista” através de seus serviços de mídias sociais. Mas, segundo informações da Associated Press, para as empresas envolvidas, suas políticas de uso já proíbem atividades do gênero. O Twitter, por exemplo, alegou ter equipes espalhadas pelo mundo todo avaliando denúncias.
Apesar de os Estados Unidos (onde o processo foi aberto) não ter o hábito de punir plataformas pela maneira como seus usuários as utilizam, os advogados de Gonzalez dizem que a situação em questão é diferente, já que o processo não está ligado às mensagens do EI. “Isso é sobre Google, Twitter e Facebook permitindo que o EI use suas redes sociais para recrutamento e operações”, argumenta o jurista. E, uma vez que o Google cobra pela inclusão de publicidade em vídeos do EI postados no YouTube, Gonzalez e seus advogados afirmam ainda que a empresa é capaz de lucrar com os terroristas.
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