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Sábado, 27 de abril de 2024

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Hondurenhos partidários do presidente deposto voltam a protestar

Partidários do presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, voltaram a ocupar as ruas da capital Tegucigalpa nesta quarta-feira, seguindo em passeata da Universidade Pedagógica de Francisco Morazán, no leste da cidade, até o boulevard João Paulo 2º, a cerca de 200 metros da Casa Presidencial. Nesta terça-feira (11), protestos similares acabaram com um ônibus e uma lanchonete incendiados, e a polícia prometeu reprimir novos atos.


Cerca de 10 mil pessoas participaram da manifestação, de acordo com a agência de notícias Efe. Fontes hondurenhas afirmaram à mesma Efe que pelo menos 41 pessoas estão presas, atualmente, em Honduras, por terem participado dos protestos.
Segundo o líder operário Israel Salinas, "o incêndio do ônibus e da lanchonete 'Popeyes' foi obra de infiltrados da polícia, algo difícil de evitar em uma mobilização de 30 mil pessoas". "É coisa de infiltrados. Nós andamos de forma pacífica desde o primeiro dia, há 46 dias", disse outro líder, Rasel Tomé.

"Não vamos provocar, não vamos confrontar os policiais. É uma manifestação pacífica, não queremos bater em um burro armado", disse à multidão Juan Barahona, um dos principais líderes da chamada Frente Nacional de Resistência contra o Golpe de Estado.

Na terça-feira, o governo interino de Honduras, liderado por Roberto Micheletti, restabeleceu o toque de recolher em Tegucigalpa, decretado após o golpe de Estado, em 28 de junho, mas suspenso desde o dia 31 de julho. A decisão ocorreu após ataques ao comércio, durante atos promovidos pela oposição, e após um policial de trânsito ferir um manifestante que seguia em uma bicicleta com um tiro na perna.

Para Miriam Miranda, dirigente de la Organização Fraternal Negra de Honduras, afirmou à agência Efe que, entre a multidão que protesta, "há muitos que condenam o golpe contra o presidente Zelaya, mas que não o apoiam". "Eles são a favor de que o país retome a sua ordem constitucional."

Nesta quarta-feira, a seleção hondurenha enfrenta, em San Pedro Sula, a Costa Rica pelas eliminatórias da Concacaf para a Copa do Mundo de 2010 e, conforme a imprensa local, os "zelayistas" preparam um grande protesto na zona do Estádio Olímpico Metropolitano. A polícia já mobilizou 1.200 agentes para acompanhar a partida.
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