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Sábado, 04 de maio de 2024

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Tire dúvidas sobre o limpador de para-brisas

Foto: Reprodução

Tire dúvidas sobre o limpador de para-brisas
Na estrada o vidro dianteiro dos automóveis sempre suja com muita facilidade. São resíduos da própria estrada, piche, impurezas emitidas pelo cano do escapamento, insetos e um monte de outras coisas que se impregnam no para-brisa. E tem coisa mais chata do que o vidro dianteiro de um carro todo sujo? Infelizmente, tem sim. Se não for possível limpar o vidro, não é somente chato como também muito perigoso.


O encarregado dessa proeza é o esquecido limpador do para-brisa. Pois é, o limpador só é lembrado por alguns motoristas nos dias chuvosos. Não deveria ser assim, mas quem nunca pegou um carro com o limpador estragado? O duro é que se descobre isso apenas no momento de acionar o equipamento e invariavelmente numa necessidade tremenda. Ou seja, quando o condutor mais precisa de uma visão adequada durante uma forte chuva.

O limpador de para-brisa é encontrado nos veículos para limpar os vidros tanto dianteiro como traseiro, mas também em alguns casos os faróis. Os aviões também são equipados com essa peça, que é constituída por um mecanismo simples que funciona como se fosse um rodinho, limpando e ao mesmo tempo facilitando a visão do motorista.

Dicas

Quando novo, o sistema retira a água sem deixar marcas no para-brisa. O uso do limpador de para-brisa ao longo do tempo acaba por desgastar a borracha das palhetas. O calor excessivo e a poeira também causam danos e deixa a borracha mais rígida, o que pode até riscar os vidros. Assim, as palhetas não se aderem corretamente ao vidro, deixando marcas nele, ou seja, atuando de forma ineficaz.

Por isso, é importante manter o limpador limpo. Soa estranho, mas sempre que for lavar o para-brisa, em um posto de combustível, por exemplo, não deixe de limpar a borracha também. Os resíduos do tráfego deixam certa oleosidade no para-brisa que pode dificultar o escoamento da água, por isso é bom passar um detergente vez ou outra para limpar os vidros e remover esses resíduos.

Quando se estiver em apuros com um limpador que não funciona, o motorista pode fazer uso de um artifício comum para conseguir a visibilidade suficiente para seguir adiante. Será preciso ao menos dois cigarros. Abra os cigarros e esfregue o fumo na parte externa do vidro, deixando a água da chuva remover naturalmente os fragmentos do cigarro. O fumo vai remover a oleosidade do vidro e assim facilitará a passagem da água que passa a escorrer pelo vidro enquanto proporciona uma boa visibilidade ao condutor.

Evolução

Os primeiros modelos que deram origem ao limpador eram feitos apenas com uma palheta, dotada de uma guarnição de borracha e acionadas pelo interior dos veículos. Esse acionamento era feito de forma manual pelo próprio motorista por meio de uma alavanca. Mas esse sistema tinha uma falha muito grande. Desviava a atenção do motorista de sua principal função: dirigir.

Para solucionar esse problema novos sistemas de acionamentos foram criados. Surgiram dispositivos diversos. Modelos elétricos, a ar e a vácuo. Nessa época a grande evolução foram os mecanismos dotados de engrenagens, que transformavam o movimento rotativo em movimento oscilatório. Posteriormente, para mais comodidade dos motoristas, foi acrescida outra novidade: a parada automática dos limpadores. Desse modo, quando o limpador era desligado passava a descansar em uma posição predeterminada, cujo objetivo era não atrapalhar a visão do motorista.

Atualmente, a maioria dos veículos produzidos no mundo adotou o sistema elétrico de acionamento dos limpadores de para-brisa. Além disso, contam com várias velocidades e sistemas intermitentes com tempos predeterminados. Esse dispositivo é conhecido popularmente por temporizador. Esse sistema permite ao motorista escolher o intervalo de tempo entre uma e outra passada das palhetas pelo vidro, um conforto para enfrentar chuva fina ou garoas, quando o limpador deve ser ligado poucas vezes.

O limpador é acionado por um motor elétrico que gera a força necessária para mover as palhetas no vidro. Dentro do conjunto formado por um motorzinho elétrico mais as engrenagens, existe também um circuito eletrônico que controla a posição de repouso. Ou seja, onde os limpadores ficarão parados quando desligados. Ele também coordena o intervalo entre um movimento e outro quando os limpadores estão trabalhando intermitentemente.

O mais novo acessório incorporado ao sistema de limpadores de para-brisa foram os sensores de chuva. Como o próprio nome diz, esses sensores, normalmente afixados nos para-brisas, detectam os primeiros pingos de chuva e já acionam os limpadores sem qualquer intervenção do motorista.

Esse dispositivo projeta uma radiação infravermelha no para-brisa em um ângulo de 45 graus. Se o vidro estiver seco, boa parte da radiação será refletida no sensor pela parte da frente do para-brisa. Porém, se o vidro estiver molhado, as gotas refletirão a luz em direções diferentes. Quanto mais molhado o vidro, menos luz é refletida para os sensores. Assim, o dispositivo eletrônico aciona os limpadores quando a intensidade de luz refletida diminui até um nível predeterminado. A velocidade do limpador é regulada de acordo com a velocidade de formação de gotículas entre um movimento e outro. O sistema opera em todas as velocidades e se auto-regula de acordo com a exigência feita em razão do acúmulo de água.

Limpador traseiro

O limpador do vidro traseiro serve para aqueles automóveis que possuem a traseira truncada, onde há formação de turbulência e por consequência um maior acúmulo de poeira, água e sujeira.

Com a necessidade da construção de carros mais econômicos, velozes e também mais leves, o limpador traseiro perdeu muito sua função, uma vez que serve única e exclusivamente para tirar os poucos respingos que ficam em sua superfície, no caso de circularem em estradas ou vias de melhor fluxo, ou seja, maior velocidade. Observe que ao se deparar com chuva no meio de uma estrada a vigia nem molha.

Muitos carros não contam com o limpador traseiro por diferentes razões, mas invariavelmente a principal delas diz respeito ao quesito aerodinâmica. Qualquer apêndice colocado na carroceria traz consigo mais arrasto aerodinâmico. Uma simples antena, por exemplo, chega a aumentar entre 2% e 3% o coeficiente de arrasto aerodinâmico. De acordo com especialistas do setor automotivo, a ausência do limpador traseiro em certos modelos não deve ser encarada como uma economia da indústria automobilística, mas sim uma condição favorável para determinados automóveis.

Prova da interferência dos limpadores na aerodinâmica está nas competições. Muitos carros de corrida da categoria Turismo, em que os carros são parecidos com os modelos de rua, a posição de repouso do limpador é de 90° em relação ao solo, ou seja, enquanto nos carros de rua ficam deitados, nos carros de corrida muitas vezes ficam em pé. Nesses carros especiais também só permanece um dos limpadores, o do lado do passageiro é simplesmente retirado de cena. Tudo em nome da aerodinâmica.

Futuro

A nanotecnologia poderá aposentar o limpador de para-brisa. De acordo com estudos recentes, a criação de um revestimento especial aliado à aerodinâmica dos carros do futuro, a sujeira e a chuva, mesmo a mais forte, não deverão atrapalhar a visão do motorista. Esse novo para-brisa será feito com um vidro especial dotado de quatro tratamentos superficiais que alteram suas características moleculares. A camada mais externa, que entra em contato com o ar, será feita de dióxido de titânio. Além de servir como filtro solar, seu principal efeito será tornar o vidro hidrofóbico, ou seja, capaz de repelir a água.

A segunda camada opera nas extremidades do vidro, expulsando a poeira acumulada na medida em que o vento retira o pó que cai sobre toda a área do para-brisa. Os eletrodos são ativos, agindo eletrostaticamente a partir da ativação pelos sensores instalados na terceira camada. Já a quarta camada será praticamente um circuito elétrico transparente, capaz de conduzir a energia necessária para alimentar os sensores da terceira camada e ativar a segunda.
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