As Bolsas norte-americanas tiveram a maior queda em seis semanas nesta segunda-feira, influenciadas pela preocupação dos investidores de que eles apostaram muito rápido em uma recuperação da economia durante a alta de cinco meses dos mercados.

O índice Dow Jones, o principal da Nyse (a Bolsa de Nova York), caiu 2% e terminou aos 9.135,34 unidades. O índice seletivo S&P 500 perdeu 2,43%, e o indicador da bolsa de tecnologia Nasdaq baixou 2,75%.

Nem mesmo dados mostrando que o Japão encerrou a pior recessão desde o pós-guerra ajudaram a dar um viés positivo ao mercado. Na semana passada, França e Alemanha também anunciaram o fim da recessão que abatia os dois países. Para os investidores, prevaleceu nesta sessão a sensação de que o rali dos mercados visto nos últimos meses pode não se sustentar.

Após o Fed (Federal Reserve, o BC americano) ter dito que a queda do desempenho da economia daquele país estava "se nivelando" --o que corroborava com as previsões do mercado--, o índice de confiança do consumidor americano divulgado na sexta-feira deu um balde de água fria nos investidores ao apresentar queda em agosto.

Como há dúvidas sobre o ritmo da recuperação, o mercado deve seguir ainda mais atento aos dados macroeconômicos que serão divulgados nos próximos dias. Por isso, notícias ruins podem levar as Bolsas a um movimento de correção após as fortes altas nos últimos meses --o que ocorreu hoje.

O destaque entre os dados macroeconômicos nos EUA é o índice de confiança do mercado de habitação, medido pela Nahb (Associação Nacional de Construtores de Casas, na sigla em inglês). O índice atingiu 18 pontos em julho --três a mais do que em junho, mas ainda muito longe dos 50 pontos que separam o otimismo do pessimismo.

Outro dado que saiu hoje, o de atividade industrial do Estado de Nova York, foi positivo: o índice Empire State, apurado pelo Federal Reserve de Nova York, ficou em 12,1 pontos neste mês, maior nível desde novembro de 2007.