A passividade de outrora não verseja mais nos gabinetes do Edifício Dante Martins de Oliveira e, ao menos em público, não incomoda o governador José Pedro Taques (PSDB). Mesmo tendo urgência na tramitação e votação do Fundo de Estabilização Fiscal (FEF), no valor de até R$ 500 milhões em 2018, o governador minimiza a estratégia dos deputados estaduais de não votar os vetos vencidos para manter a pauta
trancada, sem condições de que o plenário das deliberações Renê Barbour possa votar qualquer projeto.
O Fundo de Estabilização Fiscal é considerado indispensável para arrecadar ao menos R$ 400 milhões, podendo chegar ou até superar R$ 500 milhões, para evitar ou reduzir o déficit, em 2018. “O Fundo está amadurecendo, pois conversamos com vários segmentos, como a indústria, o comércio, o agronegóco, a contrução civil, frigoríficos e laticínios, entre outros. Não vamos fazer nada de afogadilho”, citou Taques.
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Nos bastidores os deputados estão demontrando intimidade com o FEF. Por considerarem-na "feiosa", a sigla já foi rebatizada e, nos bastidores do Poder Legislativo, já é chamada de
Fundão pela maioria dos parlamentares.
Sobre a patua trancada, ele classificou como autonomia e liberade da Assembleia Legislativa. “Avalio como liberdade do Poder Legislativo; autnomia dos deputados. O não votar [os vetos do governador] é uma manifestação democrática do Poder Legislativo. A Constituição diz que o veto
tranca a pauta. Então, está sendo cumprida a Constituição. A democracia está bem cumprida, também”, sitnetizou Pedro Taques, para a reportagem do
Olhar Direto.
O chefe do Poder Executivo não quis projetar o prazo para pagamento de mais de R$ 150 milhões em emendas parlamentares impositivas, dos quais R$ 50 milhões deveriam ter sido saldados até dezembro de 2017. “Vamos ver [o pagametno das emendas] conforme o calendário de arrecadação nos permite. Em verdade, as emendas parlamentares estão sendo pagas conforme o fluxo de caixa”, complementou Tauqes.
O líder do governo na Assembleia, deputado Dilmar Dal Bosco (DEM), tinha antecipado que não mais fixaria datas para liberação das emendas sem antes sentar-se com os secretários Rogério Gallo, da Fazenda; Guilherme Müller, do Planejamento; e Max Russi, da Chefe da Casa Civil. A reunião de Dilmar com Gallo e Müller deveria ter acontecido na última quarta-feira (28), mas foi adiada
sine die.