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Quinta-feira, 18 de abril de 2024

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estado grave

Após 10 dias, bebê enterrada viva reage ao tratamento, mas continua na UTI

Foto: Rogério Florentino Pereira/OD

Após 10 dias, bebê enterrada viva reage ao tratamento, mas continua na UTI
A bebê indígena recém-nascida, resgatada na terça-feira (5) após ser enterrada viva pela bisavó na cidade de Canarana (879 quilômetros de Cuiabá), está reagido ao processo de desmame da sedação e do respirador mecânico. Ela esta internada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), da Santa Casa de Misericórdia, de Cuiabá, há dez dias.


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De acordo com o boletim médico da Santa Casa de Misericórdia, a menina ainda se encontra em estado grave, porém estável. Conforme a asssessoria de imprensa, ela está reagindo bem ao início do tratamento de desmame da sedação e do respirador mecânico, porém também continua com insuficiência renal aguda e fazendo diálise peritonial.

A menina chegou à unidade hospitalar por transporte aéreo no último dia 6, e veio acompanhada apenas pela equipe médica. Nenhum familiar está com ela. A Santa Casa afirmou que tem dado todo o suporte à menina, mas disse que recebe as doações de quem se sentir sensibilizado com a história. Para doar é necessário procurar o setor de doações do hospital e identificar que é para a menina indígena, já que ela ainda não foi registrada e não possui nome.
 
O caso

Uma criança indígena recém-nascida foi enterrada viva, na última terça-feira (05), e resgata por equipes das polícias Civil e Militar. O fato foi registrado na cidade de Caranana (879 quilômetros de Cuiabá).

A Polícia Civil descobriu que a bisavó da criança foi quem cortou o cordão umbilical e a enterrou. Segundo a família, todos acreditaram que ela estava morta.

Conduzidas à delegacia para esclarecimentos, a mãe da criança (adolescente de 15 anos) e a avó do bebê contaram que a jovem sentiu fortes dores (contrações) e foi ao banheiro sozinha, momento em que deu a luz a menina. Ao nascer, a criança teria batido a cabeça no vaso sanitário, ocasionando sangramento.

Depois, a bisavó da criança cortou o cordão umbilical do bebê e também foi a responsável por enterrar a recém-nascida, conforme as investigações. Kutz Amin, de 57 anos alegou que a criança não chorou e por isso acreditou que estivesse morta e segundo costume de sua comunidade enterrou o corpo no quintal, sem acionar os órgãos oficiais.

Em relação à bisavó, Kutsamin Kamayura, 57 anos, o Judiciário deferiu pedido da Funai para que ela ficasse detida (prisão preventiva) na instituição, no município de Gaúcha do Norte. Ela já foi transferida.

A avó da criança, Tapoalu Kamayura, 33, segue presa na Cadeia Pública de Nova Xavantiva, em prisão temporária. Mas existe pedido impetrado pela Funai para que também seja transferida, o que ainda será analisado pelo Judiciário.

O delegado da Polícia Civil, Deuel Paixão de Santana, que investiga o caso, tenta junto a Fundação Nacional do Índio (Funai), localizar o pai da criança, para que posteriormente seja possível ouvi-lo. Embora o inquérito já esteja concluído, ele disse ao Olhar Direto que “há fortes indícios da participação de outros envolvidos, no entanto ainda é prematuro informar”.
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