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Domingo, 19 de maio de 2024

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EUA e Reino Unido criticam recepção a terrorista de Lockerbie na Líbia

Os governos dos Estados Unidos e do Reino Unido condenaram nesta sexta-feira as celebrações ocorridas em Tripoli, na Líbia, para marcar o retorno de Abdelbaset Ali Al Megrahi, único condenado pelo atentado de Lockerbie, na Escócia, que deixou 270 mortos em 1988.

Os governos dos Estados Unidos e do Reino Unido condenaram nesta sexta-feira as celebrações ocorridas em Tripoli, na Líbia, para marcar o retorno de Abdelbaset Ali Al Megrahi, único condenado pelo atentado de Lockerbie, na Escócia, que deixou 270 mortos em 1988.


O líbio estava cumprindo a sentença de prisão perpétua, mas foi libertado nesta quinta-feira pelo governo escocês em caráter humanitário, já que sofre de câncer terminal.

Centenas de jovens líbios se reuniram no aeroporto de Trípoli com bandeiras do país para dar as boas-vindas a Megrahi, que foi aplaudido. Grandes reuniões públicas são raras na Líbia, e geralmente são controladas de forma rígida.

"É perturbador ver imagens que sugerem que Megrahi foi recebido como um herói ao invés de ser tratado como um assassino condenado", disse o porta-voz da Casa Branca Bill Burton.

Segundo ele, a recepção foi "escandalosa e repugnante".

O governo dos EUA e parentes das vítimas da explosão condenaram a decisão da Escócia de libertar o líbio. Já os parentes de vítimas escocesas apoiaram a libertação, alguns questionando inclusive se Megrahi esteve realmente envolvido no atentado.

Ministros do governo britânico, com medo de contrariar seu principal aliado internacional, reforçou nesta sexta-feira as críticas sobre a maneira que a Líbia lidou com o retorno de Megrahi.

"A maneira com que o governo líbio se comportar nos próximos dias será muito significante para a maneira com que o mundo vê a reentrada da Líbia na comunidade de nações civilizadas", afirmou o ministro de Relações Exteriores, David Miliband.

O primeiro-ministro, Gordon Brown, havia escrito ao ditador da Líbia, Muammar Gaddafi, na quinta-feira, pedindo que a recepção fosse feita com sensibilidade.

Miliband negou as afirmações de que o governo britânico queria a libertação de Megrahi para reforçar os laços diplomáticos e comerciais com a Líbia, que tem as maiores reservas de petróleo na África.

"Isso é uma calúnia tanto sobre mim quanto sobre o governo", disse. O ministro ainda afirmou que a decisão foi tomada sem pressão pelas autoridades escocesas, que comandam diversas áreas de sua política doméstica.

Em 2007, a empresa britânica BP encerrou 30 anos de ausência na Líbia ao assinar um acordo bilateral em que faz o seu maior compromisso de exploração de petróleo. A anglo-holandesa Royal Dutch Shell também deseja explorar as reservas petrolíferas líbias.
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