O inquérito sobre a morte da esteticista Edléia Daniele Ferreira Lira, falecida após uma cirurgia plástica no dia 13 de maio no Hospital Militar, em Cuiabá, ainda segue em andamento e aguarda análise do delegado responsável pelo caso, Luiz Henrique, da Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP). Anteriormente, o caso estava sob análise da delegada Alana Cardoso, que atualmente está na 2ª Delegacia de Polícia no bairro Carumbé.
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De acordo com informações da Polícia Civil, os laudos já foram juntados nos autos e aguardam análise do delegado. No último dia 12 de junho a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) havia divulgado o laudo de avaliação dos prontuários do caso da morte da esteticista.
A conclusão é de que não houve a perfuração de nenhum órgão ou veia vital, mas que ela morreu em decorrência de um choque hemorrágico em função de sangramento, diretamente ligado à lipoaspiração. As apurações, no entanto, não foram encerradas.
Na ocasião, delegada Alana Cardoso afirmou que o trabalho estava começando e “como se trata de um evento bastante específico, técnico, nós precisávamos primeiramente do monitoramento do IML, da Politec pra que nós tivéssemos o start, o início do trabalho de investigação. É o nosso marco de responsabilização no campo criminal, e agora nós começamos efetivamente a investigação”.
Outra morte
Uma segunda morte foi registrada envolvendo o nome do programa Plástica Para Todos, em Cuiabá. A servidora pública aposentada Ivone Alves de Almeida, de 67 anos, morreu após ser submetida a uma cirurgia plástica no Hospital Militar, em Cuiabá, no dia 20 de novembro. A servidora foi submetida a uma lipoabdominoplastia (associação de abdominoplastia e lipoaspiração), que evoluiu para óbito às 5h55.
Embora a vítima tenha falecido em decorrência de tromboembolia pulmonar, o Hospital Militar achou necessário, por cautela, encaminhar o corpo para exame de necropsia no Instituto Médico Legal (IML). O resultado do laudo deve sair em até 30 dias.
O caso
A cuiabana Edléia Daniele Ferreira Lira, de 33 anos, Daniele Bueno nas redes sociais, faleceu no dia 13 de maio, após ser submetida a um procedimento de cirurgia plástica no Hospital Militar em Cuiabá. Ela foi encaminhada ao Hospital Sotrauma após passar mal e não resistiu. Ela era casada e tinha uma filha pequena.
No dia 11 de maio, Daniele havia feito uma postagem em um grupo de mamoplastia no Facebook dizendo que iria operar pelo Programa Plástica para Todos. O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT), afirmou que os médicos que operaram a vítima não possuíam registro de especialidade no Estado.