Trabalhadores domésticos do Brasil e de outros países da América Latina estão reunidos desta sexta-feira (21) a domingo (23), em Brasília, para discutir problemas comuns. A principal atividade do encontro é recolher propostas para a elaboração de uma convenção internacional que regulamente a profissão.

Em 2010, será realizada a 99° Conferência Internacional do Trabalho, em Genebra, na Suíça. Até lá, os trabalhadores domésticos da região querem ter uma proposta sobre a regulamentação da profissão para submeter à conferência.

“Estamos mobilizados para termos um instrumento internacional de reconhecimento da nossa categoria”, diz a presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores Domésticos (Fenetrad), Creusa Oliveira.

Os empregados domésticos brasileiros vão aproveitar o encontro para debater a elaboração de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC). Eles querem alterar o Artigo 7º da Constituição, que estabelece os direitos fundamentais dos trabalhadores. “Nossa luta é pela equiparação desses direitos”, afirmou Creusa.

Dados da Fenetrad apontam que o Brasil tem cerca de 8 milhões de trabalhadores domésticos. Desse total, apenas 2 milhões têm carteira de trabalho assinada.

Na América Latina, o trabalho doméstico representa uma força de trabalho entre 4% e 10% nos países em desenvolvimento. Apenas 23% desses trabalhadores estão em situação regular, segundo levantamento da Organização Internacional do Trabalho (OIT).