O advogado da empresa Sport Cars, em Cuiabá, Elvis Antônio Klauk Júnior admitiu em entrevista ao Fantástico, que o empresário Marcelo Sixto Schiavenin teria enganado alguns clientes para tentar “salvar” a empresa, que decretou falência com dívida de R$ 11 milhões. A reportagem exibida na noite deste domingo (7) mostra um mundo de luxo, festas, passeios e muito glamour no mercado dos carros esportivos.

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“Em momento algum tiveram a intenção de enganar as pessoas, com objetivo principal de ficar com o dinheiro. Em alguns momentos, sim, até engaram, mas não para pegar o dinheiro, mas para realizar um negócio, para tentar fazer o negócio rodar, para ver se conseguiam salvar a empresa. Lamentavelmente as pessoas foram enganadas. Isso tá confessado. Todos confessam isso”, diz o advogado.

Conforme noticiado em primeira mão pelo Olhar Direto, a empresa iniciou as atividades no dia 13/07/2015, mas devido à crise econômica que assolou o país nos últimos anos, o negócio teria se tornado insustentável. Conforme o advogado, Marcelo teria entrado no velho ditado popular de “despir um santo para vestir outro”. A revendedora, que é acusada de aplicar golpes, possui uma lista de 48 credores. Entre eles estão um desembargador, advogados, empresários, psicóloga, dentistas, entre outros. 

Conforme a reportagem da TV Globo, Marcelo teria promovido uma viagem para 12 pessoas, como estratégia para atrair clientes. No interior da loja, que foi saqueada por pessoas que se dizem vítima, um contrato de consignação de uma Lamborghini G Spyder, avaliada em R$ 800 mil foi localizado.

Marcelo havia atuado da mesma forma em Santa Catarina, Rio Grande do Sul e no Paraná. Em 2012 dirigia uma loja de turismo e outra de carros, em Pato Branco. Ambas estavam em nome da ex-mulher, Thays Dalavale. Na época, ele chegou a ser preso, mas foi absolvido. Em nota, Thays afirmou que teve que pagar quase R$ 2 milhões em dívidas do marido, e mesmo assim sofreu ameaças e processos de cobrança judicial.

Embora apareça como proprietária da Sport Cars, Thays nega participação nos negócios em Cuiabá. Os clientes, entretanto, contam outra história. “Ela coordenava a parte administrativa, contratos, tudo geralmente era ela que fazia. Ela cobrava também quando tinha que fazer o pagamento”, cita uma suposta vítima.

Conforme delegado geral da Polícia Civil, Mário Resenda, Marcelo já foi indiciado pelos crimes de estelionato e apropriação indébita. “O que se busca agora é o fechamento completo do caso, com apuração de todos os detalhes, tudo que foi cometido pelo suspeito”.

Assista a reportagem completa AQUI.