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Sábado, 18 de maio de 2024

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Zelaya está disposto a voltar 'de mãos e pés amarrados', diz esposa

O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, está disposto a fechar um acordo de conciliação com o governo interino ainda que isso signifique regressar com "mãos e pés amarrados" à Presidência, afirmou a esposa do presidente deposto, Xiomara Castro, em entrevista à BBC Brasil.


Segundo Castro, as exigências previstas no acordo de San José sobre o retorno de Zelaya ao poder limitariam as ações do presidente, mas ele estaria disposto a aceitá-las.

"Quando o Acordo de San José fala de um gabinete integrado de reconciliação, quando determina que o presidente não pode retomar o tema da consulta popular e da Assembleia Constituinte, a única exigência reconhecida é a volta dele à Presidência", afirmou Castro, em entrevista por telefone.

"O restante do acordo contempla a intransigência do governo interino, mas ainda assim o presidente está disposto a voltar, de mãos e pés amarrados, para assegurar o retorno à democracia", disse.

Xiomara Castro se reuniu na tarde desta segunda-feira, em Tegucigalpa, com o secretário-geral da Organização de Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza e outros sete chanceleres que integram a missão que visita o país com o objetivo de convencer o governo interino, liderado por Roberto Micheletti, a aceitar o acordo de San José, proposto pelo presidente da Costa Rica, Oscar Arias.

O acordo prevê, entre outros pontos, o retorno de Zelaya à Presidência, a antecipação das eleições gerais agendadas para novembro, a formação de um gabinete de coalizão e o abandono da proposta de consulta popular para convocar uma Assembléia Constituinte - medida que levou à deposição de Zelaya.

O líder do governo interino, Roberto Micheletti, disse que sua posição continua sendo a mesma e que "não aceitará imposições".

"Espero que entendam que o que fizemos foi baseado na Constituição", afirmou Micheletti.

No domingo, a Suprema Corte de Honduras emitiu um parecer rejeitando o acordo de San José. Segundo a Corte, o governo de Micheletti foi instaurado como parte de uma "sucessão constitucional".
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