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Sábado, 18 de maio de 2024

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Coreia do Norte e Coreia do Sul discutem reunir famílias separadas por guerra

As vizinhas Coreia do Norte e Coreia do Sul concordaram nesta terça-feira com um esforço para negociar a reunião de famílias separadas pela Guerra da Coreia (1950-1953). As discussões acontecerão entre funcionários da Cruz Vermelha dos dois países em meio a esforços do regime comunista de aproximação, após uma campanha de escalada na tensão regional com ameaças de guerra, lançamento de mísseis e o teste nuclear de 25 de maio passado.


Segundo reportagem do jornal "The New York Times", o encontro de três dias entre os funcionários da ONG será o primeiro do tipo em dois anos. As reuniões devem começar já nesta quarta-feira em um resort na Coreia do Norte, segundo Chun Hae-sung, porta-voz do Ministério da Reunificação, em Seul.

Se as duas Coreias concordarem com uma nova rodada de reuniões de família, um grupo seleto de coreanos de cada lado poderão encontrar seus familiares isolados do outro lado da fronteira desde o fim do conflito, em 1953.

Antes de serem suspensas, lembra o "NYT", os reencontros de familiares serviam como símbolo ocasional da reconciliação da divisão na península Coreana. Pyongyang rompeu com os esforços das reuniões depois que o presidente Lee Myung-bak assumiu há 18 meses, cortou as ajudas ao regime comunista pobre e vinculou seu retorno a esforços claros de reconciliação e desnuclearização.

Há alguns dias, contudo, os dois países retomaram os esforços de normalização das relações. A Coreia do Norte se comprometeu a reiniciar as viagens turísticas a Kaesong em breve e revitalizar as operações no complexo industrial.

Além disso, ambas as partes falaram da possibilidade de abrir um novo complexo turístico na Coreia do Norte, no monte Paekdu, o mais alto do país comunista, com a cooperação do sul-coreana Hyundai, embora, segundo o comunicado, dependerá das preparações feitas pela companhia multinacional.

A medida, intitulada "Dezembro 1", restringe o número de vezes que os trabalhadores sul-coreanos podem atravessar a fronteira para chegar ao parque industrial de Kaesong --local que fica em território norte-coreano, mas que abriga fábricas da Coreia do Sul.

Em mais um sinal de aproximação com a comunidade internacional, a Coreia do Norte convidou um representante especial dos EUA a viajar a Pyongyang para retomar diálogo sobre o programa de armamento nuclear do país, informa a imprensa sul-coreana.

O jornal "JoongAng Ilbo", que cita fontes diplomáticas em Washington, afirma ainda que Stephen Bosworth, representante especial para a política com a Coreia do Norte, aceitou o convite e viajará em setembro a Pyongyang.

A visita será o primeiro esforço americano de desnuclearização do regime comunista sob o governo do democrata Barack Obama, que assumiu a Casa Branca com um discurso de aproximação e diálogo com os rivais de Washington.

A embaixada americana em Seul não comentou a informação.

O "JoongAng Ilbo" afirma que Bosworth se reunirá inclusive com o ditador Kim Jong-il durante a visita, uma grande demonstração dos esforços conciliatórios de Pyongyang. A agência sul-coreana Yonhap também noticiou o convite ao enviado dos EUA.

Nos últimos anos, a Coreia do Norte alternou entre as concessões à reconciliação e a escalada de tensão regional com ameaças e violações às resoluções da ONU (Organização das Nações Unidas). Cada rodada de negociações começa com expectativas altas, mas acaba congelada pelos obstáculos impostos pelo regime a qualquer avanço.

Autoridades e analistas da Coreia do Sul e dos EUA discutem se o recente esforço de reconciliação da Coreia do Norte faz parte de um interesse genuíno em diálogo ou apenas estratégia para amolecer as sanções aprovadas pela ONU após o teste nuclear de 25 de maio.


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