Coordenador da bancada mato-grossense em Brasília, o deputado federal Neri Geller (PP), se posicionou contra alguns pontos da minirreforma tributária instituída pelo governador Mauro Mendes (DEM), mas ponderou que compreende a medida, pela situação financeira em que o Executivo se encontrava quando o democrata assumiu o comando do Paiaguás. O parlamentar afirmou, ainda, que o Congresso trabalha para regulamentar a Lei Kandir e, após finalizadas as tratativas, irá solicitar a extinção do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab) sobre o milho.

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“Estamos trabalhando forte na regulamentação do FEX. Eu sigo nessa frente. Consolidando isso, vamos pedir para o Mauro acabar com o Fethab, principalmente do milho. Eu não quero entrar em polêmica, até porque minha esfera é federal, mas aumento de carga tributária não é a saída”, defendeu Geller.

Produtor rural, o deputado reconheceu que o governador está trabalhando para diminuir a máquina pública, mas entende que aumento de tributos, no momento, não é o melhor caminho para o equilíbrio das contas.

“Eu acho que é compreensível essa dificuldade do Governo, porque realmente o Mauro pegou o Estado com bastante problema. O que precisa fazer é diminuir a máquina pública. Mas esse aumento dos impostos eu sou contra. Sou amigo do Mauro, tenho ajudado muito, liberamos agora R$ 50 milhões para a saúde, entre outras coisas que vão aumentar uma receita, através do Intermat, de R$ 500 milhões”, acrescentou o parlamentar.

Esta semana a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) encabeçou uma audiência pública na Assembleia Legislativa que pedia o fim da tributação do Fethab sobre o milho.

Sem um acordo com o Governo do Estado, o presidente da Aprosoja, Antonio Galvan afirmou que os produtores se preparam para invadir Cuiabá com máquinas agrícolas, em forma de protesto, e também deverão suspender, até o fim do ano, a compra destes veículos.