O governador Mauro Mendes (DEM) confirmou as declarações dadas pelo secretário de Saúde do Estado, Gilberto Figueiredo e garantiu que não irá repassar à prefeitura de Cuiabá os R$ 82 milhões que vieram para o Estado no ano passado por meio de emenda da bancada federal, para equipar o novo pronto-socorro. De acordo com o chefe do Executivo estadual, os equipamentos já foram comprados e não existe a necessidade de adquiri-los novamente.
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“Houve uma emenda que foi destinada a Cuiabá para o município comprar os equipamentos do hospital. Cuiabá abriu mão disso e depois o Governo não conseguiu cumprir. O Blairo Maggi conseguiu R$ 100 milhões para comprar o equipamento para Cuiabá. Então ele quer este R$ 82 milhões para que? O objeto inicial era para comprar equipamentos. Ele vai comprar equipamentos denovo? Vai colocar onde este dinheiro?”, questionou o governador nesta terça-feira (17), garantindo que não irá fazer o repasse cobrado pelo prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).
“Isso já está definido. Ele tem que mostrar claramente onde ele vai comprar este equipamento para colocar no pronto-socorro de Cuiabá. Porque foi dado R$ 100 milhões e o dinheiro foi dado para comprar equipamentos. Comprou ou não comprou os equipamentos? Se comprou está lá e não precisa comprar denovo”, afirmou.
O governador, por fim disse que o Estado tem compromissos com os 141 municípios e os dinheiro de repasse para saúde serão feitos de forma correta. “Nós temos muitas demandas em Cuiabá, são 141 municípios e vamos aplicar corretamente este dinheiro. Não repassamos só porque alguém disse. Se alguém disse, alguém falou, tinha que ser feito lá atrás”, finalizou.
Após a bancada federal conseguir o recurso, que deveria ter vindo para equipar o Hospital Municipal de Cuiabá no ano passado, o prefeito Emanuel Pinheiro fez um acordo com o ex-governador Pedro Taques (PSDB), para que o repasse fosse feito em 23 parcelas.
O dinheiro acabou não sendo utilizado por conta de um recurso de R$ 100 milhões do Governo Federal conseguido pelo senador Wellington Fagundes (PL) e pelo ex-ministro da Agricultura Blairo Maggi (PP) no fim do mandato do ex-presidente da República Michel Temer (MDB).
O prefeito Emanuel Pinheiro, no entanto, já manifestou publicamente que não irá abrir mão do recurso e que irá entrar na justiça para receber os R$ 82 milhões, no caso do Governo do Estado não cumprir com o acordo.
