O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) ainda não bateu o martelo sobre sua candidatura em 2020, mas a possibilidade de sua reeleição tem acirrado ainda mais a crise entre ele e o governador Mauro Mendes (DEM), que já garantiu oposição ao emedebista. A tensão entre os dois, afirmam aliados, tem refletido na administração da Capital. Responsável por conduzir o planejamento municipal, o secretário Zito Adrien fez um apelo ao chefe do Executivo estadual.
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“Ano que vem nós vamos entregar, seja o Emanuel o prefeito ou não, as contas redondas. As obras, grande parte vão estar concluídas. Queremos entregar os viadutos em meados de abril, maio, tem o mercado do porto lá por outubro, o lado esquerdo da orla deve estar pronto até o aniversário de Cuiabá... No fundo, no fundo, eu espero que ao invés do caos que se prega por causa da crise entre Governo e Município, acredito no bom senso das pessoas ainda. O Mauro já passou por aqui, tem amor a Cuiabá, e espero que ele não transforme a eleição num massacre, que só vai ser ruim para a cidade”, defendeu o secretário.
Zito comentou, ainda, a polêmica em torno do rebaixamento da nota que mede a Capacidade de Pagamento (Capag) do Município e explicou que, apesar da mudança no cálculo, por parte do Ministério da Economia, Cuiabá segue em condições de investir.
O Tesouro Nacional rebaixou a nota que mede a capacidade de pagamento da Capital em 2019. A informação consta no Boletim de Finanças dos Entes Subnacionais de 2019. De acordo com os dados, entre os anos de 2017 e 2018, a Capital de Mato Grosso ostentava a nota B, estando, até então, apta a tomar crédito com garantia do Tesouro. Entretanto, neste ano, Cuiabá foi rebaixada para nota C.
“A questão de rebaixamento de nota é uma flutuação que acontece, que é normal. Cuiabá tem uma capacidade de endividamento de quase R$ 2 bilhões e o que fizemos de empréstimo até agora num atingiu nem R$ 300 milhões. A questão da nota foi uma mudança de calculo do Ministério da Economia em Brasília. Eles tinham alguns índices que eles consideravam, mudaram esses índices e a nota caiu. Mas caiu num espaço muito pequeno, cerca de 0,2% de diferença. São detalhes. Essa discussão aí, com certeza é política, sempre para diminuir a gestão do Emanuel”, lamentou Zito.
“O que tinha para atrapalhar, já tentaram o ano todo – porque ajuda não tivemos nenhuma -, mas isso é geral, é oposição. Outro dia inventaram que o Emanuel estava comprando votos de vereador para cassar outro vereador. No fim pediu desculpas, disse que se equivocou. São obstáculos que tentam colocar no caminho do prefeito. Nem candidato o Emanuel é até agora, nem sabe se vai ser. Então, não tem sentido essa perseguição”, pontuou o secretário.