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Sexta-feira, 03 de maio de 2024

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Presidente paraguaio pede a Uribe que "abra fronteiras" e detalhe acordo

O presidente do Paraguai, Fernando Lugo, pediu nesta sexta-feira a seu homólogo colombiano, Álvaro Uribe, que "abra as fronteiras" de seu país e dê detalhes sobre o novo acordo militar que negocia com os Estados Unidos para o uso de bases militares em seu território.


"Se não temos nada a esconder, porque não podemos abrir nossas fronteiras? Se isso (o convênio) não constitui um perigo, tudo bem. Mas, se representa uma ameaça, a Unasul deve adotar uma postura radical", afirmou Lugo, em seu discurso na cúpula da Unasul (União das Nações Sul-Americanas) que ocorre nesta sexta-feira, em Bariloche, no sul argentino.

O paraguaio reiterou que seu governo seguirá respeitando o "princípio da autodeterminação dos povos", mas disse estar preocupado com o alcance das operações norte-americanas que partirão das sete bases situadas na Colômbia e incluídas no convênio bilateral entre Bogotá e Washington.

"Preocupa-me o fato de que possam cruzar as fronteiras, ameaçando a nossa segurança e, sobretudo, nossas democracias", indicou. "Não podemos aceitar nenhum intento, ação ou estratégia que possa colocar em risco as democracias latino-americanas, e em especial as da Unasul", prosseguiu.

Lugo ainda mencionou os boatos de que o Paraguai poderia abrigar bases norte-americanas na região do Chaco.

"Há um ano, assumimos o governo e abrimos as portas às investigações. Mas ainda seguem aparecendo notícias de que há bases norte-americanas no Chaco paraguaio", disse. "Eu posso assegurar que não existem aquelas bases anunciadas", complementou.

Ao se referir aos conflitos diplomáticos e ao risco de que os países da região elevem gastos com armas e equipamentos militares, o mandatário reiterou o caráter "pacifista" do Paraguai e prometeu advogar em favor do "restabelecimento das relações (diplomáticas) entre todos as nações" da Unasul.

"Somos o país que, ao lado da Argentina, fizemos os menores investimentos em armas nos últimos 30 anos, e creio que isto é uma demonstração da nossa vocação de paz", afirmou.

"Dói ver que Colômbia e Equador, dois países irmãos, bolivarianos, hoje não têm relações plenas", prosseguiu. "Não podemos seguir pensando em uma integração que esteja baseada na desconfiança."
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