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Sexta-feira, 03 de maio de 2024

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Unasul tenta garantir que presença dos EUA ficará restrita à Colômbia

Os chefes de Estado da Unasul (União das Nações Sul-Americanas) discutiram até os últimos minutos os termos da declaração final da cúpula reunida nesta sexta-feira em Bariloche e concordaram com um texto afirmando que a presença de tropas estrangeiras não deve ser uma ameaça à soberania dos países da região. 


Reunida para discutir o acordo militar que está sendo negociado entre Estados Unidos e Colômbia para o uso de sete bases colombianas por tropas americanas, a cúpula encerrou-se com a decisão de que será o Conselho de Defesa da Unasul que vai traçar as diretrizes para garantir que os acordos militares de países do grupo com terceiros não afetem a segurança dos países vizinhos.

O acordo sofreu forte oposição de presidentes como Hugo Chávez, do Equador, e Evo Morales, da Bolívia, enquanto Brasil e Argentina exigiram garantias contra a intervenção das tropas americanas em "terceiros países".

A declaração final instrui os ministros da Defesa e das relações Exteriores dos países do bloco a traçarem uma estratégia de segurança e garantias para a região durante a reunião do Conselho de Defesa marcada para setembro.

Esses instrumentos "de garantias para todos os países" devem ser desenvolvidos de forma "complementar" aos mecanismos da OEA (Organização dos Estados Americanos), de acordo com o texto.

"Esses mecanismos deverão considerar os princípios do respeito irrestrito à soberania, integridade territorial e inviolabilidade e a não ingerência nos assuntos internos dos Estados", determina o texto aprovado pelos presidentes.

Os países da Unasul definiram ainda que essas medidas encorajem garantias contra o narcotráfico, o tráfico de armas e o terrorismo, demandas feitas pelo presidente colombiano, Álvaro Uribe, que se queixou da falta de colaboração dos países vizinhos nessas áreas.

O documento também instrui o Conselho de Defesa sul-americanos a analisar o texto "Estratégia Sul-Americana" do Comando de Mobilidade Aérea dos EUA, apresentado na reunião pelo presidente da Venezuela como uma estratégia dos EUA para a região, da qual fariam parte as bases na Colômbia.

Um porta-voz do Departamento de Estado disse que o relatório é apenas uma avaliação de alternativas de transporte para emergências e ajuda humanitária.

Os presidentes pediram também ao Conselho Sul-Americano de Luta contra o Narcotráfico que elabore um plano de ação conjunta.
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