Em vídeo endereçado a população de Rondonópolis e principalmente ao prefeito José Carlos do Pátio (SD), o vice-presidente da Santa Casa no município, Sinésio Gouveia de Alvarenga criticou o repasse de apenas R$ 2 milhões feito pela prefeitura à instituição nesta semana e questionou por que o hospital ainda não recebeu o recurso de R$ 6,4 milhões, que é seu por direito, mas ainda está em poder do chefe do Executivo.

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No vídeo que foi divulgado pelos canais de comunicação da Santa Casa, o vice-presidente diz estar perplexo com o prefeito, que anunciou o repasse de R$ 2 milhões, cobrando a abertura de novos leitos, mas se recusa a repassar o valor de R$ 6,4 milhões de verbas estadual e federal que o hospital tem para receber.

“Nos causa perplexidade esta preferência por antecipar R$ 2 milhões que ele ainda tinha alguns dias para pagar e não nos ter pago os R$ 6,4 milhões que estão na conta da prefeitura a algum tempo, referente aos auxílios que a Santa Casa tem de serviços prestados como na média alta complexidade, que são verbas do Estado, serviços da maternidade, que é verba federal, dos quais R$ 3 milhões estão na prefeitura e não nos foram repassados e os R$ 1,4 milhão referentes a UTIs de Covid, que é verba do Ministério da Saúde, que não nos foram repassados”, disse o médico, assegurando que só o recurso repassado não será suficiente para abrir novos leitos.

“A Santa Casa e a população precisam destas UTIs. O que temos hoje para atender a região, é um número insuficiente de leitos. Precisamos imediatamente de dez leitos e talvez nas próximas semanas de mais leitos ainda. Porque não repassar esses R$ 6 milhões que estão ai, são da Santa Casa e adiantar R$ 2 milhões, que é um terço do que temos para receber”, questionou.

O prefeito José do Pátio comunicou na última quinta-feira (10) que antecipou R$ 2 milhões ao hospital para que seja providenciado novos leitos de UTI para atender a demanda de Covid-19.

No comunicado feito pela prefeitura, o prefeito ainda exigiu que o recurso seja usado em benefício do paciente do SUS em Rondonópolis, que está hoje com 70% de taxa de ocupação nas UTIs para o Covid-19.