Atualmente, uma boa colocação no mercado de trabalho passa pelo domínio de uma ou até mais línguas estrangeiras. Outro quesito que também pode contar pontos a favor é a chamada bagagem cultural, adquirida no decorrer da vida. Ao promover o desenvolvimento destes dois aspectos na formação de crianças, jovens e adultos, a realização de viagens de intercâmbio para países de língua inglesa tem se demonstrado como uma das opções mais eficientes e prazerosas para este intento.
Por um lado, a necessidade de utilizar o inglês para necessidades cotidianas não se assemelha em nada às maçantes aulas onde professores ensinam que "o livro está na mesa", e certamente produzem um aprendizado mais consistente. Em contrapartida, a possibilidade de se conhecer outras culturas e fazer amizades com pessoas de várias partes do mundo é algo por si só enriquecedor.
Com a recente desvalorização do dólar e da libra em relação ao real, a hora é ainda mais propícia para viagens deste tipo. "Nós notamos um grande aumento na procura de cursos no exterior direcionados à formação de executivos e de especialização, principalmente nas universidades norte-americanas", afirma Marcia Mattos, gerente de cursos da STB (Student Travel Bureau).
Já a gerente de produtos da CI (Central do Intercâmbio), Luiza Vianna, constatou uma ligeira "migração" na preferência dos clientes, de Canadá e Estados Unidos para o Reino Unido. "Com a desvalorização da libra, as pessoas que queriam viajar para a Inglaterra, mas desistiam por causa dos elevados custos, retomaram este sonho", acredita.
Temporada
Se em outros tempos a demanda de embarques ficava bastante concentrada nos períodos que coincidiam com o início do período letivo e contemplava jovens em idade escolar, hoje em dia isso já não corresponde à realidade do mercado. A diversificação dos tipos de cursos oferecidos faz com que pessoas de todas as idades tenham seus passaportes carimbados durante o ano inteiro, não apenas na alta temporada. "Tivemos um grande crescimento do público com mais de 30 e principalmente com mais de 40 anos, compostos por pessoas que viajam em todas as épocas", observa Marcia.
De qualquer modo, é muito importante pesquisar bastante e ouvir os conselhos das agências que fazem a intermediação para escolher o destino mais adequado às suas necessidades, preferências e possibilidades financeiras. Um pequeno investimento que certamente fará grande diferença em sua estadia são os guias de viagem: eles reúnem, de forma prática e acessível, toda a informação que você precisará para aproveitar ao máximo o seu tempo livre.
Veja a seguir uma lista com os principais destinos para estudo da língua inglesa, os principais aspectos de cada um deles e os melhores guias para levar na viagem:
CANADÁ
Campeão de embarques nos últimos anos para cursos de idiomas voltados a jovens e adolescentes acima dos 16 anos, o Canadá despontou como uma ótima alternativa aos destinos mais tradicionais, como Estados Unidos e Inglaterra. O custo benefício (que já foi melhor) e a grande diversidade de climas que o viajante encontra entre as cidades de Toronto, Vancouver e Montreal tornam o país extremamente atraente aos brasileiros. Até demais. "O principal fator negativo do Canadá, em relação aos cursos de idiomas, não é o frio como muitas pessoas pensam, mas sim o grande número de brasileiros", explica Luiza.
Pontos positivos: Custo-benefício, qualidade das escolas, belezas naturais, ótimo sistema de transporte, diversidade de climas, possibilidade de aprender francês (em Montreal), proximidade com os EUA.
Pontos negativos: Muitos brasileiros, frio (principalmente em Toronto e Montreal).