O presidente da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o nicaraguense Miguel D'Escoto, pediu nesta terça-feira aos Estados Unidos que libertem cinco agentes cubanos presos no país por espionagem.
D'Escoto assumiu o argumento do Governo de Havana de que o presidente dos EUA, Barack Obama, pode ordenar essas libertações sem recorrer a nenhum tribunal, para demonstrar suas promessas de mudança nas relações com a ilha.
A libertação dos agentes, aos quais Havana chama de "heróis antiterroristas", é uma promessa feita pelo líder cubano Fidel Castro.
D'Escoto começou uma visita de cinco dias a Havana, para se reunir com dirigentes cubanos e apresentar seu novo livro, informaram fontes oficiais.
Sua primeira atividade foi uma visita a parentes dos agentes Gerardo Hernández, Antonio Guerrero, Ramón Labañino, Fernando González e René González, condenados na Flórida por espionagem.
A chegada de D'Escoto coincide com a divulgação de relatórios pela imprensa cubana, todos estatais, sobre a transferência de Labañino, Guerrero e Fernando González para um centro de detenção em Miami, onde, em outubro, haverá uma audiência de revisão das penas que receberam em 2001