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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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DAE inicia o tratamento de lagoa biológica

Várzea Grande possui atualmente três lagoas biológicas, 18 fossas filtro e quatro ETEs, todas estruturas responsáveis pelo tratamento de esgoto da cidade. A maioria delas construídas há mais de 20 anos e muitas inviabilizadas pela falta de manutenção preventiva.


Das três lagoas, duas deixaram de funcionar e quatro das 18 fossas estão em desuso. Com esse quadro e visto a importância do saneamento na saúde pública da população o Departamento de Água e Esgoto do município (DAE-VG) começa a investir na recuperação e manutenção preventiva dessas estruturas.

“Lagoas biológicas e fossas filtros são métodos antigos para o tratamento de esgoto em uma cidade e exige requisitos que no passado não foram cumpridos, uma prova é que para duas das três lagoas a recuperação é inviável. Fizemos um levantamento e recuperaremos o que for possível, o que dará um reforço no saneamento da cidade”, explicou o diretor-presidente do DAE-VG, Jeverson Missias.

O sistema de esgotamento sanitário que atende o bairro 15 de Maio, a única lagoa biológica que está em funcionamento no município, será a primeira a ser trabalhada. Ocupando uma área de 15 mil metros quadrados ela atende a 500 famílias com uma lagoa para tratamento do esgoto bruto e três lagoas de maturação que fazem a desinfecção biológica natural.

A estrutura já recebeu a limpeza nas proximidades e poda das árvores que impediam os raios solares de ajudarem no processo de maturação. O próximo passo será a secagem e retirada de resíduos sólidos. O DAE também estuda um projeto de paisagismo e reparos na proteção que dá acesso à lagoa, para evitar a entrada de crianças e o descarte de lixo no local, pela população.

O processo biológico natural não utiliza produtos químicos e oferece eficiência de 70% na remoção da matéria orgânica. Os resíduos passam por tratamento biológico, através de filtro, digerindo mais de 25% da matéria orgânica, e depois pelo decantador em um mesmo sistema, que garante eficiência na oxidação da matéria orgânica. O efluente final é um líquido transparente, quase inodoro e com características que permitem que ele seja lançado diretamente aos corpos receptores ou sistema de captação de águas pluviais, atendendo às normas ambientais e sem agredir o meio ambiente.

As estruturas de fossas filtro já recebem manutenção permanente e foram construídas para atender conjuntos residenciais. Assim como as ETEs que não apresentam problemas no funcionamento, mas requerem cuidados periódicos.

Nova rede coletora atenderá a 40% do município

Além do trabalho de recuperação e manutenção da estrutura já existente o DAE investe em novas obras que atenderão a 40% do município. Inicialmente serão beneficiados os bairros Centro, Imperador, Água Limpa, Ipase, Jardim Aeroporto, Pirineu, Planalto Ipiranga, Jardim Costa Verde e parte do bairro Nova Várzea Grande, o que representa 80% da região central da cidade.

Denominado de “Sistema 5”, as obras prevêem pelo menos 100 quilômetros de rede coletora de esgoto, 7,5 mil ligações domiciliares, com a construção de uma ETE para tratar 100 litros por segundo, três Estações Elevatórias de Esgoto (EEE), redes emissárias de esgoto bruto e uma rede emissária de esgoto tratado.

No Parque do Lago as obras de implantação de uma ETE terão cinco estações elevatórias e uma rede de esgoto de 60 quilômetros.

Atualmente, o município possui 10 mil ligações domiciliares e trata de 120 a 150 m3 de esgoto mensalmente, o que representa 15% de rede coletora de esgoto. Com a conclusão das obras de implantação de uma ETE no Parque do Lago esse índice chegará a 25% e, com as obras da Bacia “5”, a 40% da cidade.
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