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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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Seul minimiza ameaça e diz que Coreia do Norte faz ''retórica política''

O governo da Coreia do Sul minimizou a ameaça de guerra da Coreia do Norte de entrar em guerra caso haja a intercepção de seu satélite e afirmou que o discurso de Pyongyang é apenas "retórica política".


"Nós acreditamos que o alerta do [Coreia do] Norte é parte de sua retórica política, não uma medida prática", disse Won Tae-jae, porta-voz do Ministério de Defesa Nacional da Coreia do Sul, citado pelo jornal "The Korea Times". "Mas nossos militares mantêm a posição firme de lidar seriamente com qualquer movimento norte-coreano de tomar tal ação." 

A Coreia do Norte anunciou nesta segunda-feira que colocou suas tropas em estado de alerta, no primeiro dia de manobras conjuntas dos Estados Unidos e da Coreia do Sul na região, o que o regime comunista considera o prenúncio de uma invasão de seu território.

O comandante das Forças Combinadas da Coreia do Sul e Estados Unidos (CFC, na sigla em inglês) reiterou contudo que os exercícios militares são apenas "defensivos". "Estes exercícios são feitos para ajudar a treinar, ensinar e coordenar os membros das tropas de ambos os países enquanto exercitam a capacidade dos líderes de tomar decisões", explicou o general Walter Sharp, citado pelo "Korea Times".

Segundo Sharp, o principal objetivo dos exercícios é garantir que o comando esteja pronto para defender a Coreia do Sul caso seja necessário.

Pyongyang acusa reiteradamente os EUA e Seul de ter intenções militares contra o país com os exercícios militares, realizados anualmente e com duração de doze dias, mas o tom das críticas deste ano foi mais duro e militarista.

O governo norte-coreano afirmou que os exercícios são uma provocação que aconteceria apenas "na véspera de uma guerra" e ameaçou encerra a linha com os militares sul-coreanos --a única linha telefônica entre os dois exércitos que estão concentrados entre a fronteira das duas Coreias há mais de 50 anos.

As tropas da Marinha americana conduzirão exercícios de tiro ao norte de Seul e há uma hora apenas da fronteira entre os dois países. Um avião americano participará dos exercícios, segundo os militares dos EUA.

Satélite

O governo do ditador Kim Jong-il --reeleito com 100% dos votos neste domingo (8)-- já havia ameaçado entrar em guerra com o país vizinho, caso Seul ou os EUA interceptem o satélite que pretende lançar em breve. Em um comunicado lido na televisão estatal, um militar alertou que qualquer tentativa de derrubar o aparelho será visto como ato de guerra.

Washington e Seul temem que o satélite seja um disfarce ao lançamento de um míssil de longo alcance.

A tensão é agravada pelo fato de que, para lançar o satélite, Pyongyang prepara o lançamento do míssil Taepodong-2. O governo diz que o lançamento faz parte do envio de um satélite para o desenvolvimento da comunicação do país, embora os EUA acuse o governo norte-coreano de ter intenções militares.

"Nós retaliaremos qualquer ação para interceptar nosso satélite que tem objetivos pacíficos com ataques imediatos usando os meios militares mais poderosos", alertou Pyongyang, em comunicado. "Ataques contra nosso satélite que tem objetivos pacíficos significará, precisamente, guerra."

As tensões na região aumentaram desde que Lee Myung-bak assumiu como presidente da Coreia do Sul, há cerca de um ano, e endureceu a relação com o vizinho do norte. Lee restringiu a crucial ajuda financeira à vizinha empobrecida na expectativa que Pyongyang permita maior vigilância externa à desnuclearização --um dos principais impasses ao avanço do processo.

Em resposta, Pyongyang cancelou uma série de acordos bilaterais.
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