O projeto do deputado estadual Silvio Fávero (PSL) que prevê que a vacina contra o novo coronavírus (Covid-19) não seja obrigatória, estava na pauta da sessão desta terça-feira (16) na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), mas acabou não sendo votado. Segundo o parlamentar, não é possível obrigar porque não tem vacina para todos e, além disso, “eu não posso obrigar ninguém a tomar”, afirmou.
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Sem aprofundas nos argumentos para a não obrigatoriedade, Fávero ainda defendeu o retorno às aulas e denunciou que há “politicagem” para que as escolas permaneçam fechadas em Cuiabá. “Vou dar exemplo do Nortão, no Nortão as aulas estão funcionando normal. Lá para baixo está tudo trabalhando normal. Só aqui em Cuiabá que eu estou vendo que está tudo fechado. Você vai em Lucas, Sorriso, Mutum, e meus filhos estão na escola estudando. Então o que está acontecendo? Tem alguma coisa errada. Tem alguém ganhando dinheiro por trás de tudo isso que está acontecendo”, denunciou.
Quando questionado sobre provas para esta denúncia, Fávero amenizou: “[Parece que] quanto mais ruim, melhor. Porque veja bem, porque lá para baixo está funcionando as escolas, todas as escolas funcionando, e aqui para cima não está nada funcionando. Aí eu faço a pergunta para o secretário de educação e para o prefeito”, disse. “Algum interesse está tendo por trás disso aí tudo. Politicagem. Não estou falando em dinheiro, a gente está antecipando as políticas de 2022 para 2021, é isso que está acontecendo. Nós estamos preocupados com as vidas, quando colocam a vida de uma criança em risco, nós temos que ver. Está comprovado que as crianças têm imunidade, se não, não estaria soltando as aulas igual lá para baixo”, completou.
No projeto de Fávero, inclusive, ele indica que a vacinação a crianças de 14 anos seja realizada somente com autorização dos pais. No entanto, no caso da Covid-19, não há vacinação prevista para menores de 18 anos. O parlamentar completou dizendo que “não é médico” para falar sobre as crianças e adolescentes que morreram em decorrência da Covid-19, mas que poderia falar sobre a realidade onde vive, “de uma região que sustenta esse Mato Grosso, que está levantando esse Brasil, que é o agronegócio, e lá as coisas estão acontecendo”, afirmou.
