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Sexta-feira, 17 de maio de 2024

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Discovery muda pouco e mantém essência inglesa

"Pessoal, o carro da esquerda, preto, é o modelo novo, e o da direita, meio avermelhado, é o antigo." Assim, Sean Henstridge, designer da Land Rover, começou a apresentação do novo Discovery 4, ao lado do finado Discovery 3, num telão.


De duas, uma: ou o desenho do jipão não mudou ou Henstridge supôs que ninguém havia notado as poucas diferenças. Talvez um pouco de cada.

Segundo ele, de fato, as mudanças foram "singelas e discretas". Só os LEDs circulares nos faróis e a grade dianteira, semelhante à do Freelander 2, dão uma pista da quarta geração do Discovery, já sob comando do grupo indiano Tata.

"Manter o design foi um pedido dos clientes, que queriam apenas um carro menos bruto e agressivo", conta o designer.

Difícil imaginar que um veterano com cada vez mais contrastes entre linhas verticais e horizontais seja menos bruto. Nem deve. Foi assim que conseguiu ser o melhor do segmento desde 2005. Nenhum outro leva sete pessoas para a lama pesada com tanta facilidade.

A suspensão a ar, o controle de descidas íngremes e o Terrain Response continuam lá. Esse sistema de tração 4x4 ajustável para até cinco tipos de piso facilita a vida de qualquer um -ainda que pouquíssimos donos de fato saiam do asfalto para a trilha com um carro de cerca de R$ 170 mil, que chegará ao Brasil em outubro.

A Land Rover, porém, tinha de melhorar alguma coisa. E foi direto ao motor. Investiu 100 mil libras esterlinas em três propulsores novos -dois a gasolina e um a diesel.

O Discovery 4 agora ganha um motor a diesel de 245 cv e outro a gasolina V8 5.0 de 375 cv -ambos com injeção direta de combustível. O V8 ainda pode receber um compressor volumétrico ("supercharged") para chegar a 510 cv. Mas aí já é uma conversa para os Range Rover.

Peixinhos a nadar

O LR 4, como é chamado nos EUA, também teve modificações "singelas" no interior. Trocaram tudo e parece que não foi quase nada.

O painel central está mais inclinado, e os elementos redondos ainda dominam as saídas de ar-condicionado, seus indicadores de temperatura digital e até um pequeno relógio analógico central. É um detalhe velho rodeado de coisas novas, como de costume.

O jipão ganhou ainda ignição por botão e um sistema de som Harman-Kardon. Até aí, era pura obrigação para um carro que se propõe a ser melhor que o Mitsubishi Pajero Full.

A novidade mesmo são as cinco câmeras -duas na dianteira, duas nas laterais e uma na traseira. No console, uma tela de cinco polegadas sensível ao toque tenta cercar o jipão de 4,8 m de todas as maneiras.

"Você viu os peixinhos na tela quando atravessou o rio?", perguntou Richard Beattie, assessor da Land Rover. Ele sabia que era impossível, mas, para não perder a piada, apelou para o humor britânico. Comprou um peixinho de plástico, com vara de pescar e tudo, e simulou a filmagem dentro do rio.

Resta saber se o Discovery 4 vai remar contra a maré dos jipões com design mais moderno.
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