O deputado federal Dr. Leonardo (Solidariedade), afirmou que a politização da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) foi um dos motivos que fez com que o Brasil chegasse à marca dos mais de 500 mil mortos. Ele lamentou as vítimas, e criticou também o fato de o Governo Federal não ter criado um plano nacional de combate ao Covid-19.

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“É uma série de erros, tivemos erros que iniciaram há muito tempo, isso culmina com a dificuldade hoje que o Brasil tem a vontade e tem o dinheiro de adquirir a vacina, mas não tem disponibilidade no mercado para fazê-lo. À época optou-se por fechar um contrato com a Índia, com a China, e depois mais para a frente com os outros laboratórios que hoje se demonstram mais eficazes. Tem toda uma discussão em relação ao tratamento precoce, se fundiu a uma discussão ideológica, e isso tudo foi atrapalhando, esse racha, politizar o coronavírus, politizar a saúde é o que dá, o resultado é esse, infelizmente estamos perdendo vidas e vamos continuar perdendo”, lamentou o parlamentar.

Segundo Dr. Leonardo, o Ministério da Saúde mudou sua postura e atualmente tenta adquirir mais vacinas, mas hoje não encontra quem venda. “O Ministério mudou a postura, vem tentando, tem contrato para cem milhões de doses para o semestre, mas não tem quem entregue isso aí. Então assim, a gente está fazendo enfrentamento, está chegando vacina, o governo colocou muito dinheiro nos estados e municípios, mas o governo falou assim, olha, a política nacional é essa, a mola condutora, não pegou o Ministério e fez um plano nacional de combate ao Covid. Foi deixando solto, briga com o STF, perdendo o foco, resultado: estamos pagando agora”, completou.

O Solidariedade está na base do Governo Federal e, inclusive, tem um cargo de vice-liderança, mas, segundo Dr. Leonardo, não são todas as pautas do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e de sua gestão que a sigla apoia. Uma delas é a proposta de permitir que vacinados e recuperados da Covid-19 não precisem usar máscara facial.

“Se eu tenho muita gente sem imunização, que está com o vírus, levando pra frente, sem máscara, não está lavando as mãos, não está seguindo as medidas necessárias, vai aumentar a chance desse vírus passar. E mesmo que esteja vacinado, se contaminar e contaminar terceiros. Então a gente não tem uma quantidade da população brasileira [vacinada] para permitir essa flexibilização, o importante é continuar usando máscara, lavando a mão, usando álcool em gel, mantendo distanciamento social e vacinar aqueles que podem se vacinar, e não se esqueçam da segunda dose”, afirmou.