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Domingo, 05 de maio de 2024

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efeitos terríveis

Brasileiros ignoram o uso do cinto de segurança no banco de trás

Uma lei que só pegou pela metade. Um risco no trânsito. É a lei do cinto de segurança. Só quem vai no banco dianteiro usa. Isso tem efeitos terríveis no número de mortes no trânsito.

Uma lei que só pegou pela metade. Um risco no trânsito. É a lei do cinto de segurança. Só quem vai no banco dianteiro usa. Isso tem efeitos terríveis no número de mortes no trânsito.


Em época de feriadão, a negligência fica ainda mais clara. No balanço que acaba de ser divulgado pela polícia rodoviária estadual, 50 pessoas morreram nas estradas paulistas. Muitas dessas vítimas viajavam sem o cinto. Trafegar sem esse equipamento no banco traseiro é infração grave. Mas, acima de tudo, é um enorme risco para a segurança.

Na frente, uma criança. No banco de trás, um menino sem cinto de segurança, espremido no meio da bagagem. O mau exemplo vem dos adultos.

“Não tem ninguém usando o cinto de segurança atrás. Que vergonha", fala a motorista.

Desculpas e mais desculpas

“Acabei de sair do posto. Por isso eu estou sem cinto de segurança”, justifica uma senhora.

A funcionária pública Vanessa Carvalho é quase uma exceção. No carro dela, cinto é obrigatório. Não só porque manda a lei. “Caí em uma ribanceira de 15 metros, não lembro do acidente, mas sei que o que me salvou foi o cinto porque eu não bati no vidro”, conta Vanessa Carvalho.

A lei é de 1997. Houve uma tolerância até 1999, para que a indústria automobilística se adaptasse à nova regra. De lá para cá, a falta do cinto no banco de trás também é considerada infração grave. Mesmo assim, o uso do cinto no banco de trás ainda não é um hábito comum para muita gente.

Uma pesquisa feita em São Paulo mostrou que se o assunto é segurança, passageiro e motorista vivem em mundos diferentes. O problema é que a irresponsabilidade de alguns coloca em risco a vida de todos.

Foram analisados mais de dez mil veículos. O estudo feito pela companhia que gerencia o trânsito na capital, CET, revelou que 96% dos motoristas estavam com o cinto de segurança. Em compensação, apenas 12% dos passageiros do banco de trás utilizavam o equipamento.

Na opinião do médico Alberto Sabbag, as pessoas têm uma falsa idéia de que atrás estão protegidas. Testes feitos pela Associação para o Desenvolvimento da Medicina Automotiva mostram que o risco para o passageiro do banco de trás é enorme.

“A tendência é o pesado vai primeiro. Então a cabeça vai primeiro, a pessoa sai como um torpedo. A cabeça faz uma estilingada. Por isso atinge com uma força incrível, ele se mata e mata quem está na frente”, diz o médico.

Segundo o médico, em uma batida entre dois carros a uma velocidade de 50 km/h, uma criança de 25 kg, por exemplo, ao ser arremessada, provocará um impacto que terá uma força centenas de vezes maior do que o peso dela.

Ao se dar conta do perigo, o motorista lembra que segurança deve vir em primeiro lugar: “Eles acham que é desconfortável, que não precisa. Eu acho importante. Vou puxar a orelha do pessoal aqui”, afirma um motorista.

Os especialistas também criticam o uso da película escura nos vidros, porque dificulta a fiscalização. Eles lembram que no Brasil o cinto de segurança foi adotado pelos motoristas mais para evitar multa do que propriamente pela segurança. Por isso, defendem a fiscalização rigorosa dos passageiros no banco de trás e a aplicação de multas.
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