O líder do Governo do Estado na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Dilmar Dal Bosco (DEM), afirmou que não há a possibilidade da sessão exclusiva para votação de vetos, programada para quarta-feira (30), ser esvaziada pelo Governo, como sugeriu o deputado estadual da oposição Lúdio Cabral (PT). “Houve um comentário de alguém que usou a bola de cristal para adivinhar o que de possível pode acontecer”, disparou o parlamentar.

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Na última quinta-feira (24), o deputado Lúdio ameaçou travar a pauta de votação da sessão ordinária da Assembleia marcada para a próxima terça-feira (29), caso a Mesa Diretora não vote nesse dia os vetos do governador Mauro Mendes (DEM) aos projetos aprovados pelo Legislativo. Apesar da ameaça, o presidente Max Russi (PSB) ressaltou que o pedido de sobrestamento é um direito dos parlamentares, mas garantiu que os mais de 30 vetos represados serão analisados apenas na quarta-feira (30), quando irá realizar a última sessão antes do recesso parlamentar de julho.

Durante a sessão desta quinta-feira (24), Lúdio citou o vencimento do prazo e cobrou a análise do veto a trecho do projeto de lei 21/2021, que condiciona o retorno às aulas presenciais à imunização de todos os profissionais das escolas, o que engloba professores e técnicos. O trecho foi vetado no dia 10 de maio e não foi analisado pela Assembleia, pois o governo se comprometeu a manter as aulas remotas até o primeiro semestre. Lúdio, inclusive, afirmou que se a sessão fosse na quarta-feira (30), poderia ser esvaziada por articulação do Executivo.

Dilmar negou esta possibilidade. “De maneira nenhuma, nunca houve. Houve um comentário de alguém que usou a bola de cristal para adivinhar o que de possível pode acontecer. Eu não... de maneira nenhuma vai ser orientado para isso, nós temos sessão normal e vamos entrar em recesso, já que o presidente da Assembleia acatou o pedido do parlamentar para que fizesse a votação de vetos, tranquilo, vamos votar os vetos”, afirmou.

Segundo o líder, ainda há mensagens do Governo do Estado para serem apreciadas e outros projetos importantes, e os parlamentares têm compromisso de estar presentes na sessão. Além disso, o deputado negou que todos os vetos estejam com o prazo vencido. “Eu falei ao presidente da Assembleia, que pode se ir mesclando, não esperar acumular, apesar de que pela relação que eu vi nós temos quatro vetos que estão passíveis de votação, os demais ainda não venceram o prazo. Até nós adiantamos alguns processos dentro da CCJ para encaminhar todos e pôr em votação. Não tem nenhum problema de colocar os votos e ser analisado por todos os parlamentares”, defendeu.