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Denúncia de Emanuel

Stringueta afirma que não é difícil ter havido interferência política na Deccor e cita dependência financeira das polícias

24 Ago 2021 - 09:05

Da Redação - Wesley Santiago/Do Local - Max Aguiar

Foto: Max Aguiar/Olhar Direto

Stringueta afirma que não é difícil ter havido interferência política na Deccor e cita dependência financeira das polícias
O delegado Flávio Stringueta afirmou nesta terça-feira (24), antes de iniciar seu depoimento na Corregedoria da Polícia Civil, que não é difícil que tenha havido interferência política dentro da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) para que houvesse investigações contra o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), que denunciou os fatos às autoridades.


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Após acusações de Emanuel, Mauro diz que ‘assina embaixo’ do trabalho da Deccor e que nunca interferiu ‘em lugar nenhum’
 
Stringueta está na Corregedoria da Polícia Civil, onde será ouvido como testemunha no caso que apura a denúncia feita pelo prefeito de Cuiabá. Antes disto, falou com exclusividade ao Olhar Direto sobre o fato.
 
“Falo de uma forma dedutiva. Não conheço o fato em si. O que dá para dizer é que, como a Polícia Civil e a Militar são dependentes do governo, principalmente financeiramente, você acaba tendo uma dívida maior com o governador, sendo obrigado muitas vezes a atender pedidos, caso queira manter as condições de trabalho, o cargo que ocupa”, explicou.
 
Ainda conforme o delegado, que está de licença, após ter sido tirado do comando da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), depois de tecer críticas ao Judiciário, “não é nada difícil que isso [interferência política] tenha acontecido, que tenham realmente utilizado do poder político para tirar delegados daquele local. Mas falo isso de forma dedutiva, porque conheço apenas o que saiu na mídia e o que um deles me falou pessoalmente”.
 
“Depois do que aconteceu comigo, acredito em qualquer coisa, nesse sentido de influência política”, completou. Stringueta ainda acredita que a briga declarada entre o prefeito Emanuel Pinheiro e o governador Mauro Mendes (DEM) também corrobora com a possibilidade.
 
Por fim, o delegado disse que nunca recebeu um pedido deste tipo, até porque a sua área de atuação era outra na Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO). "Não sei nem porque eu fui chamado, não conheço os fatos. Mas conheço o sistema, que pode ter levado a isto".

O governador Mauro Mendes (DEM) rebateu as acusações do prefeito, disse que ‘assina embaixo’ do trabalho da Polícia, e que nunca interferiu ‘em lugar nenhum’.

“Essa tática é uma tática antiga, não vou entrar nesse mérito, de pessoas que estão sendo acusadas. O prefeito coleciona uma triste estatística, cinco secretários afastados. Então ele deveria pedir uma intervenção na justiça, no Ministério Público, que pediu afastamento, então está todo mundo errado, Polícia está errada, judiciário está errado, Ministério Público está errado, e só o paletó que está certo?”, disparou Mauro.

O prefeito Emanuel Pinheiro protocolou pedido para que a corregedor-geral da Polícia Judiciária Civil (PJC-MT) apure a suspeita de uso político da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), por parte do delegado Eduardo Augusto de Paula Botelho, que, por questões políticas, estariam promovendo perseguição à sua gestão. 

O emedebista denuncia suposto alinhamento do delegado com o governador Mauro Mendes (DEM), notadamente adversário político do prefeito da capital mato-grossense.
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