O governador Mauro Mendes (DEM) decidiu quem serão os policiais militares promovidos de tenente-coronel a coronel, em cerimônia que acontece no próximo domingo, 5 de setembro. Dentre os seis escolhidos está Januário Antônio Edwiges Batista, que chegou a ficar preso por quase um mês por ter sido acusado de participar do esquema das interceptações telefônicas clandestinas, conhecida como grampolândia pantaneira.
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Em julho de 2021, os coronéis da Polícia Militar Ronelson de Barros e Januário Antônio Batista se livraram da ação por ato de improbidade administrava proposta pelo Ministério Público de Mato Grosso. O processo sobre a chamada Grampolância Pantaneira mira no ex-secretário de Casa Civil, Paulo Taques, no ex-governador, Pedro Taques, e nos policiais Zaqueu Barbosa, Evandro Alexandre Ferraz Lesco, Airton Benedito de Siqueira Junior e Gerson Luiz Ferreira Correa Junior.
O Olhar Jurídico teve acesso a decisão que arquivou parcialmente investigação. “Os investigados [Ronelson e Januário] não tinham prévio conhecimento dos fins pouco republicanos do escritório de espionagem, de modo que as condutas de aprimoramento do sistema (vide investigado RONELSON) e indicação de servidor para realizar procedimento de escuta (vide investigado JANUÁRIO), por si só, não devem ser fator determinante a evidenciar a prática de ato de improbidade administrativa”, argumentou o MPE à época.
Além de Januário, foram promovidos: Adnilson de Arruda, de Alta Floresta; Fernando Augustinho O. Galindo, do 3ª BPM; Paulo César da Silva, da Rotam; Jane de Souza Melo, do 9º BPM e Ronaldo Roque da Silva, do Bope. Os nomes forma escolhidos a partir de uma lista de 16 enviada pela Polícia Militar.
O processo, inclusive, chegou a ser questionado pelo deputado Sargento Elizeu Nascimento (PSL) e por policiais. O parlamentar apresentou um requerimento para que o Governo Estadual explicasse quais foram os critérios de escolha dos 16 nomes, após denúncias de que haveria irregularidades na composição final da lista apresentada pela Comissão de Promoção de Oficiais (CPO) e pelo Comando Geral da PM.
Depois disso, o governador Mauro Mendes negou qualquer irregularidade. No último dia 27 de agosto, ele afirmou que ainda não estava com a lista. “Não me chegou a lista ainda, vai chegar oficialmente no início da semana que vem. Foi publicada uma lista dentro de um rito normal, esse processo é submetido a oportunidade de recurso, deve estar acontecendo, vai ser julgado e esta lista é finalizada. Só vou olhar para cara dessa lista quando ela oficialmente chegar em minhas mãos. A minha decisão é técnica, sempre foi e sempre será”, afirmou.
