Olhar Direto

Sexta-feira, 26 de abril de 2024

Notícias | Política MT

INVESTIMENTO PRIVADO

Diretor da Rumo cita “preços internacionais subindo” e diz que obra de ferrovia pode passar dos R$ 12 bilhões previstos

Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto

Diretor da Rumo cita “preços internacionais subindo” e diz que obra de ferrovia pode passar dos R$ 12 bilhões previstos
O diretor da Rumo Logística, Guilherme Penin, afirmou que a obra de construção da ferrovia estadual de Mato Grosso pode passar dos R$ 12 bilhões previstos nesta fase inicial do projeto. A empresa foi a única a apresentar proposta para obter autorização de implantação dos trilhos, que serão construídos com recursos privados.


Leia também:
Padeiro diz que ferrovia é ‘terceiro marco’ para Mato Grosso, que só acordou após a divisão

“Esse número não está 100% fechado, pois estamos terminando o projeto executivo agora. Temos um projeto básico, pronto, de engenharia. Agora estamos terminando o projeto executivo com sondagem de solo, toda parte de geotecnia, etc. para termos uma assertividade exata do valor de obra. Infelizmente, os preços internacionais subindo, essa obra tem potencial pra ficar até mais cara do que a gente prevê. Então não temos um número final. Tão logo tenhamos, vamos divulgar”, afirmou em conversa com a imprensa nesta sexta-feira (03).

Infelizmente, os preços internacionais subindo, essa obra tem potencial pra ficar até mais cara do que a gente prevê

O projeto da ferrovia prevê a implantação de 730 quilômetros de linha férrea, que vão interligar Rondonópolis a Cuiabá, além de Rondonópolis com Nova Mutum e Lucas do Rio Verde, além de se conectar com a malha ferroviária nacional, em direção ao Porto de Santos (SP).

Segundo o diretor, a expectativa é de que, uma vez autorizada, a empresa possa começar a liberar o funcionamento dos primeiros trechos da ferrovia já nos próximos dois anos. Com a assinatura e a implantação, a empresa poderá operar e explorar a ferrovia pelo prazo de 45 anos, sendo que a infraestrutura ferroviária poderá ser compartilhada pela empresa vencedora com outra empresa de transporte ferroviário que venha a prestar serviços no Estado.

”Na medida em que vai se construindo, vamos colocando outros terminais que já iniciem a operação, de maneira que não precise esperar ter toda a infraestrutura construída para iniciar a operação. Acreditamos que daqui a uns dois anos já tenhamos um primeiro fruto desse projeto. Como são quase 730 quilômetros, o prazo total é mais longo, mas os efeitos já serão sentidos no curto prazo, à medida que implantar já o primeiro terminal. A infraestrutura da ferrovia é muito técnica. Você precisa ter condições de rampa, curvas e terrenos com determinadas características. Mas pensamos em um terminal em Primavera do Leste e Nova Brasilândia, além do já previsto. É um grande projeto”, garantiu.

O diretor explica que a empresa ainda estuda em quais municípios, além de Cuiabá, Lucas e Nova Mutum serão construídos terminas. “O trem tem mais de 2km de comprimento, então você precisa de terrenos com determinadas características para conseguir implantar o terminal. Mas a gente tem essa linha mais ou menos em Primavera do Leste, um pouco mais ao norte em Santa Rita do Trivelato ou Nova Brasilândia, depois Nova Mutum, Lucas e depois em Cuiabá. Então, estamos estudando quatro, cinco terminais. Depende muito também da malha viária estadual”.

“Tem muita coisa acontecendo nas rodovias estaduais. E claro, tem que colocar o terminal num local bem alimentado pelas rodovias locais para escoar a produção do terminal ferroviário”, completou.

Ainda de acordo com Guilherme, apesar da insegurança existente nas últimas semanas quanto a segurança jurídica da obra, a empresa nunca chegou a reavaliar a possibilidade de apresentar a proposta para tocar a ferrovia.

A segurança jurídica para a concessão feita pelo estado veio, definitivamente, nesta quinta-feira (02), com a assinatura do acordo de cooperação técnica entre estado e o governo federal. Até então, havia rumores de que a União poderia publicar medida provisória proibindo estados a concederem malha ferroviária.

“O processo do ponto de vista jurídico no estado foi muito bem construído. Esse processo está respaldado numa PEC que alterou a constituição do estado, numa lei estadual, num decreto regulamentador do governo do estado. A votação foi praticamente unânime na Assembleia Legislativa. O processo do ponto de vista técnico jurídico está muito robusto”, pontuou.
 
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 

Comentários no Facebook

xLuck.bet - Emoção é o nosso jogo!
Sitevip Internet