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Quarta-feira, 17 de julho de 2024

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Presidente da Assembleia do RS aceita pedido para impeachment de Yeda

O presidente da Assembleia do RS anuncia que pedido de impeachment foi aceito nesta quinta (10) (Foto: Assembleia Legislativa do RS/Divulgação)O presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, Ivar Pavan, anunciou que aceitou nesta quinta-feira (10), o pedido de impeachment da governadora Yeda Crusius (PSDB).


O pedido foi feito pelo Fórum dos Servidores Públicos Estaduais do RS. Eles alegam crime de responsabilidade.

Procurados pelo G1, os assessores de imprensa de Yeda estão em reunião e não atenderam à solicitação.

De acordo com informações da Assembleia Legislativa, foram analisados 25 volumes com mais de seis mil páginas da Ação Civil Pública que tramita na Justiça Federal. Neste processo, segundo a Assembleia, foram encontrados pelo menos 26 pontos no processo que vinculam Yeda ao suposto esquema que desviou mais de R$ 40 milhões do Detran.

“A abertura do processo de impeachment representa o compromisso da Assembleia com o resgate dos princípios republicanos. Não podemos ficar omissos diante da gravidade desta conduta”, diz o presidente da Assembleia.

A análise foi feita pelo presidente da Assembleia com a equipe de assessoramento técnico que analisou documentos e escutas telefônicas reunidas pelo Ministério Público Federal, Polícia Federal e Poder Judiciário. “Não há dúvida do esquema criminoso que desviou recursos públicos. E há sérios indícios que relacionam a chefe do Poder Executivo com o processo de corrupção no Detran além de outras irregularidades que podem caracterizar improbidade administrativa e crime de responsabilidade”, diz Pavan.

Processo

De acordo com a assessoria de imprensa da Assembleia, uma vez que o pedido de impeachment é aceito, a próxima etapa é a leitura da decisão em plenário. Isso deve acontecer na próxima terça-feira (15). Após a leitura e publicado o pedido no diário da Casa, é eleita uma comissão especial com 36 integrantes, que obedece proporcionalidade dos partidos, que opinará se a denúncia deve ou não ser objeto de discussão e votação.

O relator da comissão deve preparar um documento que será votado pelos 55 deputados da casa, e, se aprovado, o pedido segue adiante.

CPI

No começo do mês, a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul deu início à CPI da Corrupção, que investigará supostas irregularidades do governo de Yeda. O governo é alvo de denúncias sobre desvios de verba do Detran gaúcho e caixa dois em campanha eleitoral.

Nesta quinta-feira, a Assembleia faz sessão da CPI a partir das 12h30. Serão votados 11 requerimentos da oposição. A CPI, que funcionará por 120 dias, foi criada a partir da assinatura de 39 parlamentares.
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