O dólar comercial foi vendido por R$ 1,820, em um decréscimo de 0,82% sobre a cotação final de ontem. Trata-se da menor cotação desde o dia 5 de agosto. Os preços da moeda americana oscilaram entre R$ 1,842 e R$ 1,816. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi cotado por R$ 1,930, em baixa de 1,02%.
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) opera com ganhos de 0,68%, aos 58.303 pontos. O giro financeiro é de R$ 4,13 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York valoriza 0,49%.
O Banco Central realizou seu habitual leilão de compra às 15h16 (hora de Brasília) e aceitou ofertas por R$ 1,8190 (taxa de corte).
Profissionais de mercado destacam a influência significativa do mercado futuro na formação dos preços no mercado à vista. A saída de estrangeiros da Bovespa, e a reversão dos instrumentos do "hedge" (proteção) na BM&F derrubaram as cotações, mesmo com a resistência de alguns agentes financeiros, que estavam segurando os preços na barreira do R$ 1,82, visto como um "piso" informal da taxa nos últimos dias.
Outro fator que pode ter contribuído para a queda dos preços é o "retorno" das captações externas. Nesta semana, a gigante do setor de mineração Vale lançou US$ 1 bilhão em bônus de dez anos no mercado internacional para levantar capital.
Juros futuros
Os contratos de juros futuros negociados na BM&F caíram nos vencimentos de prazo mais longo. Essas taxas balizam as operações de tesouraria nos bancos e concessão de empréstimos.
Hoje, a ata do Copom (Comitê de Política Monetária) reforçou a visão de que a taxa básica de juros deve ser mantida em 8,75% ao ano por vários meses. O Banco Central salientou que deve observar com cautela os efeitos dos estímulos recentes à economia sobre os preços.
E o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revelou que a inflação foi de 0,15%, pela leitura do IPCA, usado pela política oficial de metas. Trata-se do menor índice desde agosto de 2006, quando havia sido registrada ligeira variação positiva de 0,05%.
No contrato que projeta as taxas para janeiro de 2010, a taxa prevista foi mantida em de 8,65%; e no contrato de janeiro de 2011, a taxa projetada recuou de 9,72% para 9,67%.
