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Domingo, 05 de maio de 2024

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Câmara dos EUA resiste a envio de mais tropas ao Afeganistão

A presidente da Câmara dos Representantes americana, Nancy Pelosi, afirmou nesta quinta-feira que a ideia de enviar novas tropas ao Afeganistão, cogitada entre o comando militar americano, teria pouco apoio entre os americanos e seus representantes no Congresso.


"Não acho que há muito apoio no país ou no Congresso para o envio de mais tropas ao Afeganistão", declarou nesta quinta-feira durante entrevista coletiva semanal à imprensa.

Pelosi disse aos jornalistas que ainda não foi informada sobre a nova estratégia americana no Afeganistão, elaborada pelo novo comandante das forças da Otan (aliança militar ocidental) no país, o general americano Stanley McChrystal.

A líder democrata também disse que está mais interessada no trabalho da administração do presidente Barack Obama em um relatório que deve ser enviado ao Congresso em 24 de setembro sobre a situação no Afeganistão.

No Senado, o democrata Russell Feingold pediu ao presidente Obama que estabeleça um calendário de retirada.

Obama, que já autorizou o envio de 21 mil soldados americanos extras ao Afeganistão --como parte da ênfase que ele quer dar ao país no combate ao extremismo islâmico-- deve se pronunciar nas próximas semanas sobre o envio de novos reforços, pois a situação no território continua piorando. Enquanto aumenta as tropas em solo afegão, Obama dá continuidade ao plano de retirar os soldados americanos do Iraque até o final de 2011.

Agosto de 2009 foi o mês mais sangrento para o exército americano desde o início da guerra no fim de 2001 e, segundo pesquisa recente quase seis americanos em dez foram contra a guerra no Afeganistão.

O deputado republicano democrata P. Murtha, presidente da comissão de Dotações Orçamentárias da Câmara, que precisa aprovar o a verba para qualquer aumento de tropas, disse estar "muito nervoso" sobre a possibilidade de enviar mais tropas ao Afeganistão.

Murtha, um veterano da Marinha, disse nesta quinta-feira que poderia apoiar um acréscimo de tropas se o governo Obama retirar um número significativo de soldados do Iraque no futuro muito próximo, onde o país ainda mantém 130 mil homens.

Em entrevistas nesta semana, os legisladores disseram que queriam ver uma forte evidência de os milhares soldados adicionais enviados ao Afeganistão iriam desalojar os rebeldes de seus refúgios no país e no vizinho Paquistão.

A oposição até agora parece mais forte entre os líderes democratas do que entre seus colegas de partido no Senado.

"Estou muito reticente a apoiar tropas adicionais", disse Murtha. "Nós não temos os recursos financeiros para sustentar uma longa campanha, quanto mais duas"

A questão divide os dois partidos. Embora alguns republicanos também estejam receosos sobre o acréscimo de tropas, o líder do partido no comitê de Serviços Armados da Câmara, Howard McKeon, advertiu que, sem mais tropas, a missão americana facilmente poderiam falhar.
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