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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

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FAB diz que empresas poderão melhorar proposta de seleção de caças

A FAB (Força Aérea Brasileira) disse nesta sexta-feira que as empresas que estão na disputa para oferecer os 36 aviões de caça ao Brasil poderão melhorar suas propostas. Apesar da preferência do governo brasileiro pela francesa Dassault, ainda estão na disputa a norte-americana Boeing e a sueca Saab.


Em nota divulgada hoje, o comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, disse que a FAB fará a "análise técnica" do processo de compra e que o governo vai analisar a parte "política e estratégica".

Saito adotou o mesmo discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a compra dos caças. Hoje, em entrevista em Ipojuca (PE), Lula deixou claro que a decisão sobre a aquisição dos aviões é política e estratégica e será tomada pelo presidente da República.

"A FAB tem o conhecimento tecnológico para fazer a avaliação [dos aviões]. E ela vai fazer e eu preciso que ela faça. Agora, a decisão é política e estratégica, e essa é do presidente da República e de ninguém mais", disse Lula.

Na nota, a FAB justifica a abertura do processo para que as outras empresas modifiquem suas propostas. "O governo francês já assumiu o compromisso de fazer esforços para ofertar caças Rafale (Dassault) a preços competitivos, razoáveis e comparáveis aos pagos pelas Forças Armadas da França, além de transferência de tecnologia, entre outros pontos. Nesta semana, os outros dois concorrentes também divulgaram o interesse de aprofundar as ofertas", diz.

Segundo o presidente da Comissão Gerencial do Projeto F-X2, os participantes estão sendo avaliados em cinco áreas prioritárias: transferência de tecnologia, domínio do sistema de armas [pelo Brasil], acordos de compensação e participação da indústria nacional, técnico-operacional e comercial.

A FAB informou na nota que, até o momento, o processo de seleção reúne mais de 26 mil páginas de documentos, entre ofertas e contra-ofertas, que servirão como base para elaboração e gerenciamento do contrato a ser firmado. A previsão do Comando da Aeronáutica é concluir a etapa técnica do processo até outubro.

Na segunda-feira (7), durante as comemorações do Dia da Independência, Lula e o presidente francês Nicolas Sarkozy anunciaram em comunicado conjunto "a decisão" de entrar em negociação com a empresa francesa Dassault para a compra dos aviões.
O anúncio criou um mal-estar no governo brasileiro, uma vez que o processo para a escolha da empresa fornecedora das aeronaves ainda está em curso. Além do Rafale, da francesa Dassault, estão na disputa o F-18, da norte-americana Boeing, e o Gripen, da sueca Saab.
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