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Quarta-feira, 01 de maio de 2024

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Troca de farpas

Petistas e bolsonaristas discutem no plenário após apresentação de moção de repúdio a Lula por fala sobre policiais

Foto: Reprodução / ALMT

Petistas e bolsonaristas discutem no plenário após apresentação de moção de repúdio a Lula por fala sobre policiais
Uma discussão foi protagonizada pelos deputados estaduais Elizeu Nascimento (PL), Gilberto Cattani (PL), Lúdio Cabral (PT) e Valdir Barranco (PT) no plenário da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) na manhã desta quarta-feira (4). Tudo começou quando Elizeu apresentou uma moção de repúdio ao ex-presidente Lula (PT), por ter dito que “Bolsonaro não gosta de gente, só de policial”. A fala foi feita durante um evento com mulheres na zona norte de São Paulo, e Lula pediu desculpas no ato de 1º de maio, logo no dia seguinte.


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Em seu pedido de moção de repúdio, Elizeu disse que Lula havia desrespeitado os profissionais da segurança pública. No momento de votação, o deputado Lúdio pediu para discutir o assunto e afirmou que a Assembleia não deveria perder tempo com este tipo de coisa. “Se nós da bancada do Partido dos Trabalhadores resolvermos ocupar nosso tempo apresentando moção de repúdio contra o atual presidente nós teremos uma pilha de moções todas as sessões para apresentar”, disse, sendo aplaudido pelas pessoas na plateia.

Lúdio citou má gestão de Bolsonaro com o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), lembrou os mortos da pandemia de Covid-19 e afirmou que Lula já havia se desculpado pela frase que disse sobre os policiais, e que seu governo foi o que mais deu condições para o fortalecimento das polícias. Ainda tentou explicar a fala de Lula, “ele queria dizer que o atual presidente tem compromisso com as milícias no Rio de Janeiro, e até hoje o assassinato da ex-vereadora Marielle Franco, cujo acusado é vizinho do presidente, não foi resolvido”, declarou.

Em seguida, quem se manifestou foi Cattani. Ele falou da necessidade de descobrir “quem matou quem” e citou os casos do prefeito Celso Daniel, de Santo André, e Toninho do PT, de Campinas. Ainda parabenizou Elizeu e iniciou uma listagem de falas que atribuiu a Lula, como que “roubar celular não é crime” e que queria “controlar o consumo da classe média”. Neste momento, ele começou a ser vaiado pela plateia, e comemorou: “Isso para mim é uma música. (...) É que nem no mato quando você vai curar bicheira e põe lepecid, você ‘ponhou’ (sic), começa a reagir”.

Diante das vaias, Cattani continuou citando falas, como de quando Lula disse que “Pelotas era exportador de...” e não terminou, e que as mulheres do PT têm “uma parte dura em suas partes íntimas”. “Ele só está mostrando quem de fato ele é, ele é aquilo que ele expressa”, terminou o bolsonarista.

O petista Valdir Barranco foi o seguinte. Ele afirmou que falaria na mesma esteira de Lúdio. “Se formos trazer moção de repúdio para cada besteira que esse Bolsonaro fala, vai faltar tempo para votar as outras coisas”. Logo em seguida, citou o ‘orçamento secreto’ e disse que Bolsonaro entregou o comando do país ao Congresso Nacional para que não fizessem o processo de impeachment. Em seguida, afirmou que Lula havia sido humilde e pedido desculpa, o que Bolsonaro não tinha coragem de fazer, e que era um homem católico que não ficava “pulando de igreja em igreja” como Bolsonaro. Barranco ainda citou que estará no sábado (7) no pré-lançamento da candidatura de Lula a presidente do país, e falou sobre Lula estar na capa da Time desta semana.

Por fim, Elizeu voltou ao púlpito e disse que parabenizava os deputados petistas por reconhecerem que a moção de repúdio fazia sentido, por confirmarem as palavras de Lula sobre os policiais. “Policiais são aqueles que estão em rondas para proteger o cidadão de bem contra aquilo que o próprio ex-presidente Lula declara, que roubar um celular é algo natural para ele. Para quem roubou o Brasil, logicamente roubar é algo natural”, disse.

Elizeu afirmou que Bolsonaro tem “trabalhado e apresentado resultados” como a entrega de títulos definitivos, “tirando o monopólio de políticos da esquerda estarem indo em assentamento usar os coitados dos assentados”, afirmou, dando indireta para Barranco, que esteve na última semana no assentamento do Altos do Ubirajara em Cuiabá. O bolsonarista disse que continuaria a fazer moções de repúdio.

A moção foi aprovada com votos contrários dos deputados Lúdio Cabral e Valdir Barranco e abstenção do deputado Wilson Santos (PSD).
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