Até o cumprimento dos mandados de busca e apreensão e prisão da Operação Descobrimento a Polícia Federal (PF) mapeou todas as relações do ex-secretário de Ciência e Tecnologia, Nilton Borges Borgato (PSD), preso sob acusação de comandar um esquema internacional de tráfico de drogas no dia 19 de abril. Um único nome, porém, ainda não foi revelado.
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Na elaboração do inquérito a PF não revelou quem seria “NOAR”, um codinome utilizado pelo lobista Rowles Magalhães, também preso na operação, para se referir a alguém que seria próximo a Borgato. As conversas entre Rowles e Borgato por aplicativos de mensagens foram interceptadas pelos agentes da PF.
De acordo com o inquérito, Rowles se referiu diversas vezes a “NOAR” ao mencionar a possibilidade de ser assassinado por uma terceira pessoa. As menções a NOAR foram feitas principalmente durante conversas com Nelma Kodama, ex-delatora da Lava Jato que também atuou no esquema de tráfico de drogas.
“Após uma sequência de mensagens apagadas por Nelma, o que dificulta o entendimento, Rowles demonstra muita irritação e fala que já falou para ele e para todos que não “me encham”. E que amanhã iria avisar o horário. Rowles diz não se importar se iriam matar a ele, a Nelma, Noar e o caralho que for, que ele não tinha medo”.
Durante as conversas, Rowles e Nelma se referem a Borgato como “Índio”. Os policiais não identificam NOAR, mas afirmam que ele é ligado a Índio. A PF conseguiu apurar que Índio se tratava do secretário de estado através da imagem do contato e diante do fato do número telefônico da conversa com Rowles ser o mesmo número cadastrado pelo então secretário.
Em outro trecho das conversas interceptadas, Borgato fala para Rowles pegar um aparelho que “NOAR” havia comprado para ele. Rowles informa que “NOAR” estaria em um hotel em Lisboa, capital de Portugal.
Veja trechos das conversas:
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(1)(1)(2).jpg "Codinome misterioso ligado a ex-secretário Borgato ainda não foi revelado pela PF; veja conversas")
