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Quarta-feira, 01 de maio de 2024

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REUNIÃO EM BRASÍLIA

Mendes prevê crise fiscal e questiona proposta de Bolsonaro sobre combustíveis: "quem garante que a redução vai chegar na bomba?"

Foto: Assessoria

Mendes prevê crise fiscal e questiona proposta de Bolsonaro sobre combustíveis:
No que depender do Governo de Mato Grosso, a proposta de zerar o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do diesel e do gás em troca de posterior compensação do Governo Federal não deverá prosperar. Após participar de reunião nesta quarta-feira (8), em Brasília, com o presidente do Senado Rodrigo Pacheco, junto com outros governadores, Mauro Mendes (UNIÃO) defendeu alterações nos textos que tramitam no Congresso sobre a matéria e citou risco de crise fiscal em caso de aprovação dos projetos da forma como estão. Ele citou como exemplo o caso de MT, que reduziu impostos e mesmo assim os preços continuaram a subir.


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"Isso vai gerar uma crise fiscal nos estados e nos municípios. Se você erra a estratégia, vai tudo por água abaixo. Crise fiscal traz desconfiança, afasta investimentos e faz o dólar subir, e aí volta tudo à estaca zero. O ICMS dos combustíveis está congelado desde o ano passado. O preço do diesel, por exemplo, o ICMS incide sobre o valor de R$ 5,20, mesmo o diesel estando acima dos R$ 7,30. E a Petrobras continuou subindo os preços. Reduzimos aqui em Mato Grosso as alíquotas, mas os preços continuaram subindo. Deixamos de arrecadar R$ 150 milhões e isso não foi para o bolso do cidadão. Quem garante que essa redução proposta agora vai chegar na bomba?", questionou o governador de Mato Grosso.

Mauro Mendes afirmou considerar importante a discussão que ocorre no Congresso Nacional para reduzir o ICMS dos combustíveis, mas defendeu que haja garantias da Petrobras para que o preço na bomba abaixe para o consumidor.

Para o governador, a iniciativa do Governo Federal é muito boa, pois todos os brasileiros sonham com uma carga tributária menor. Porém, se não houver alterações na proposta, há grande risco de não resolver o problema da alta dos preços e ainda causar problemas aos estados e municípios, que terão mais de R$ 100 bilhões a menos para investir em áreas como Saúde e Educação.

O governador acredita que não haverá qualquer diminuição de preços se não houver mudanças na política da Petrobras. "Essa redução vai virar margem da Petrobras, aumentar o lucro da Petrobras, o lucro das distribuidoras, e não vai chegar na bomba".

"Só nos primeiros meses desse ano a Petrobras lucrou mais de R$ 40 bilhões. E esse lucro vai para investidores estrangeiros, investidores brasileiros e a União. Não é justo que se tire dinheiro da Saúde, da Educação, dos municípios e dos estados, e a Petrobras continue dando recorde de lucros", finalizou.
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