O arroz produzido em Mato Grosso terá preço igual ao das demais regiões do país. A garantia é do presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) Vagner Rossi que, a pedido do deputado Carlos Bezerra (PMDB), recebeu ontem em audiência representantes da categoria dos agricultores.
Vagner Rossi disse que o momento é de revisão de preços e que a reivindicação dos produtores de Mato Grosso é justa. O presidente prometeu igualar os preços de uma só vez ou em duas, sendo que a revisão não dependerá de aprovação do Ministério da Agricultura, porque o controle é restrito à área técnica da Conab.
Estiveram com o presidente Vagner Rossi os empresários Mauro Cabral de Moraes, presidente do Sindicato das Indústrias de Alimentação de Rondonópolis e Região Sul do Estado; Marco Lorga, representante do Sindarroz (Sindicato Estadual das Indústrias de Arroz); e o industriário Carlos Babetti.
Conforme Vagner Rossi, a diferença de preços não justifica, porque os juros e as condições para financiamento da produção são iguais para todos os agricultores do país.
A Conab avaliou em R$ 25,50 a saca de 60 quilos do preço mínimo do arroz produzido em Mato Grosso. Para as demais regiões, o mesmo arroz ficou avaliado em R$ 30,96.
“A medida não tem o menor cabimento, é inconsequente, mas o problema está solucionado. O presidente Vagner Rossi é um homem de palavra e o arroz de Mato Grosso terá o mesmo preço das demais regiões. A diferença nos preços não possui base legal”, disse Bezerra.
A justificativa inicial da diretoria da Conab aos representantes da categoria dos produtores foi que a subavaliação do arroz de Mato Grosso ocorreu diante da preocupação com a preservação ambiental, já que, estimulando o plantio, aplicando um preço justo, o produtor de Mato Grosso poderia derrubar mais áreas. O presidente Vagner Rossi não concordou com esse argumento.
Para o deputado Carlos Bezerra, uma diferença de preços seria discriminatória. “Não se concebe, dentro da Federação, o uso de dois pesos e duas medidas. Essa justificativa é uma mera suposição”, afirmou.
