Em um cenário discrepante entre os sete candidatos ao Senado por Mato Grosso, Antonio Galvan (PTB), Neri Geller (PP) e Wellington Fagundes (PL) já gastaram juntos R$ 6.492.102,42 em suas campanhas até esta terça-feira (13), prazo final para a entrega do relatório parcial de prestação de contas de campanha ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Leia também:
"Todos os deputados servem ao governador", afirma Franz ao chamar Assembleia de "puxadinho"

Os demais candidatos, com pouca representatividade eleitoral e política, declararam custos que juntos chegam a apenas R$ 346.666,33.

Com maior valor arrecadado e com campanha mais cara até o momento, Neri realizou a entrega parcial na segunda-feira (12). Segundo declaração, tem R$ 2.836.969,56 para gastar e R$ 2.902.398,50 de despesas já contratadas, sendo que quitou R$ 2.822.054,77.

Na lista de doadores, destaque para os diretórios nacional e regional do PP, que irrigaram a campanha do deputado federal cassado com R$ 2.831.869,56. Dinheiro referente ao Fundo Especial de Financiamento de Campanha, o Fundão.

No ranking de fornecedores, a maior despesa é com a empresa Joceley da Silva Vieira Ltda., que cobrou R$ 599,8 mil para produção de placas, bandeiras e adesivos. Neri gastou R$ 400 mil para a realização de media treining de conteúdo, com a Antecipar Consultoria e Comunicação Estratégica Ltda. Outros R$ 400 mil foram gastos com a TR Produção de Som e Imagens Ltda., responsável para produção e gravação de TV e rádio.

Outro também gastador é Wellington. Até agora, o senador já arrecadou R$ 2.484.283,27 e gastou R$ 1.916.917,19, sendo que apenas R$ 946.342,57 foram quitados. Entre as doações, o parlamentar foi beneficiado com R$ 2.007.480 do Fundo Especial, repassado pelos diretórios nacional e estadual do PL. Além disso, o próprio candidato desembolsou R$ 157.966,80 para sua campanha.

No topo do ranking de fornecedores está a empresa Incine Serviços de Comunicação, Produções e Marketing Ltda., que recebeu R$ 420 mil para produção de jingle, serviços de publicidade e planejamento eleitoral. Wellington também declarou despesa de R$ 300 mil com a Pantanal Filmes Ltda., para produção de material audiovisual.

Já o relatório parcial de Galvan mostra que o candidato já arrecadou R$ 1.311.033,58 até agora. Total de despesas contratadas é de R$ 1.672.786,73, sendo que R$ 1.035.270,07 já foram quitadas.

O maior doador da campanha do petebista é do empresário Jaime Domingos Farinon, da empresa Grãos do Norte, que ajudou com R$ 350 mil. Outro empresário doador é Rodrigo Zuanazzi, que repassou R$ 100 mil.



Outros candidatos

O vereador Kássio Coelho (Patriota) tem R$ 375 mil para gastar e já se comprometeu com R$ 232.269 em despesas. Jorge Yanai (DC), médico de Sinop, arrecadou R$ 170,5 mil e ainda não declarou qualquer despesa de campanha.

Candidato da Federação PSOL/Rede, José Roberto (PSOL) tem em caixa o montante de R$ 140.422,93 e já gastou R$ 81.978,50. Por fim, Feliciano Azuaga (Novo) só recebeu R$ 19.350 em doações e assumiu despesas na ordem de R$ 32.419,03.

Relatório parcial

Nas eleições deste ano, conforme a Justiça eleitoral, o teto de gastos para candidatos ao Governo de Mato Grosso é de R$ 3.811.887,46.

O relatório deve conter o registro ou a estimativa da movimentação financeira em dinheiro ocorrida desde o início da campanha, em 16 de agosto, até 8 de setembro. Desde o início da campanha eleitoral todas as candidaturas são obrigadas a enviar relatórios financeiros, com os dados de arrecadação de campanha, a cada 72 horas à Justiça Eleitoral.