Apesar de o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), não ter declarado seu voto no segundo turno das eleições presidenciais, a primeira-dama Márcia Pinheiro (PV) argumentou que só pelo fato de ela e o filho, deputado federal Emanuelzinho (MDB) estarem com Lula, já indicam a participação indireta do chefe do executivo. Márcia também acusou o governador Mauro Mendes (UNIÃO) de apoiar a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) somente por ter ficado ‘sem opção’.

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Márcia disse que não está “nem conversando” sobre isso com Emanuel, porque o prefeito está muito engajado nos trabalhos da Prefeitura, enquanto ela trabalha pela eleição de Lula. “Mas só o fato de eu e Emanuelzinho estarmos intensamente na campanha, defendendo a candidatura do presidente Lula...”, afirmou.

A primeira-dama, que saiu derrotada da disputa pelo Governo do Estado, disse ainda que no primeiro turno ela vestiu a camisa, e acusou Mauro de não ter feito o mesmo com seu candidato. “Nem sequer perguntou, nem sequer falava o nome de algum candidato a presidente. Ele veio agora no segundo turno se posicionar, e vocês acompanharam que ele não pediu em nenhum momento voto para o Bolsonaro, agora no segundo turno ele se posicionou”, afirmou.

Para Márcia, o governador não se manifestou de forma veemente no primeiro turno exatamente porque acreditava que Lula seria eleito no primeiro turno. “No primeiro turno eles não apoiaram, não pediram uma vez voto para o Bolsonaro. Em nenhum momento, nenhuma reunião, nenhum debate, nenhum momento. Ele ficou em cima do muro. Porque ele tinha a convicção, como nós também tínhamos, que o Lula seria eleito no primeiro turno. Então ele ficou em cima do muro. Ele só veio agora porque como eu sou PT, como eu estou apoiando o presidente Lula, ele está apoiando Bolsonaro. Só isso”, completou.