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Sábado, 18 de maio de 2024

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Carros-bomba matam ao menos 9 em base da União Africana na Somália

Rebeldes suicidas atacaram nesta quinta-feira com dois carros-bomba o principal quartel da União Africana (UA) na Somália, matando pelo menos nove pessoas e demonstrando sua capacidade de atingir o centro da missão de paz estrangeira. Insurgentes islâmicos afirmaram que o ataque foi uma vingança por uma operação dos EUA que matou um dirigente da rede terrorista Al Qaeda no país.


Fontes hospitalares disseram que pelo menos outras sete pessoas morreram nos confrontos de artilharia que se seguiram. O Exército do Burundi anunciou que o subcomandante da Amisom (missão da UA) está entre os mortos. O governo de Uganda informou que seu comandante ficou ferido.

Uma hora depois das explosões, um repórter da agência de notícias Associated Press viu mísseis disparados da base da UA, atingindo áreas controladas por rebeldes na capital, atingindo vários civis. Uma jovem e uma menina foram vistas mortas na rua. Ali Musa, do serviço de ambulância de Mogadíscio, disse que os mísseis mataram sete pessoas e deixaram 16 feridos.

O Al Shabab, um poderoso grupo islâmico insurgente, reivindicou a responsabilidade pelos carros-bomba desta quinta-feira. O grupo havia prometido atacar alvos ocidentais na segunda-feira após um ataque de helicóptero feito por forças especiais americanas terem matado Saleh Ali Saleh Nabhan, uma membro da rede Al Qaeda, no sul da Somália.

Farah Hassan, que testemunhou o atentado desta quinta-feira, disse que dois veículos com emblema da ONU entraram no quartel a beira-mar, seguido por duas picapes com tropas do governo local.

"Achamos que eram carros reais da ONU, mas momentos depois um trovão ensurdecedor chacoalhou o chão", disse ele à Reuters. "A área ficou coberta de chamas e nuvens de fumaça."

Dahir Mohamud Gelle, ministro da Informação da Somália, disse que os dois carros-bomba eram dirigidos por estrangeiros. "Eles falavam inglês e se identificaram como sendo da ONU", afirmou à Reuters.

O derramamento de sangue ressalta o nível de anarquia e violência em que a Somália está envolvida após duas décadas de caos. Governos ocidentais temem que o país esteja se tornando um refúgio para a rede Al Qaeda, oferecendo locais para treinamento de terroristas, assim como o Afeganistão na década de 1990, abrigando jihadistas estrangeiros que estariam poderiam lançar ataques na região e no exterior.

Os combates na Somália mataram mais de 18 mil civis desde o início de 2007, deixando também 1,5 milhão de desabrigados.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, se disse chocado e ultrajado pelo ataque, e colocou recursos das missões de paz da ONU em países vizinhos à disposição da UA.
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