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Domingo, 05 de maio de 2024

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Após fracasso com Israel

Enviado dos EUA não obtém acordo com Abbas

"Gostaríamos de atender ao presidente [americano, Barack] Obama, mas Israel não se compromete a uma paralisação total da atividade nos assentamentos. Não é aceitável nem para nós, nem para os americanos", disse Erekat.

O enviado dos Estados Unidos para o Oriente Médio, George Mitchell, não conseguiu diminuir o abismo entre israelenses e palestinos nesta sexta-feira e não alcançou acordo pela renovação dos esforços de paz na região após reuniões com o premiê israelense, Binyamin Netanyahu e o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas.


Segundo o negociador palestino Saeb Erekat, Mitchell não conseguiu convencer Abbas a reduzir as exigências para retomar as negociações. Abbas afirmou recentemente que não voltará à mesa de negociação se Israel não se comprometer com o congelamento total das construções nos assentamentos da Cisjordânia, território palestino governado por Abbas.

"Gostaríamos de atender ao presidente [americano, Barack] Obama, mas Israel não se compromete a uma paralisação total da atividade nos assentamentos. Não é aceitável nem para nós, nem para os americanos", disse Erekat, após o encontro, que precede uma nova reunião hoje, em Jerusalém, entre Mitchell e Netanyahu.

A agência oficial palestina Wafa informou que Mitchell reconheceu a Abbas que não tinha conseguido que Netanyahu retirasse sua recusa em parar a ampliação dos assentamentos judaicos nos territórios palestinos ocupados de Jerusalém Oriental e Cisjordânia, na reunião que tiveram de manhã.

Essa é a condição dos palestinos para retomar o diálogo, em linha com as obrigações do Estado judeu no Mapa do Caminho, o plano de paz lançado em 2003 pelo Quarteto de Madri --EUA, União Europeia, ONU (Organização das Nações Unidas) e Rússia.

Mitchell tentou em Ramallah, sem sucesso, convencer o presidente da ANP a reduzir suas exigências para retomar as negociações políticas com Israel.

Israel

Segundo o jornal "Haaretz", Washington exige a Israel que se comprometa com fim da construção nas colônias judaicas por um período de um ano, enquanto Netanyahu só está disposto a conceder até seis meses.

Ontem à noite, em entrevista à televisão israelense, Netanyahu deixou claro que se congelar a atividade nos assentamentos significa zero construção, então certamente não haverá acordo.

"Há 2.400 casas atualmente em construção e outras 500 aprovadas. Querem chamar isso de congelamento? Eu não chamo assim. Chamo de arrefecimento na construção e estou disposto a fazer isso para ajudar o processo [diplomático] e, em paralelo, preservar a vida normal dos residentes dos assentamentos", disse.

A Casa Branca trabalha contra o relógio para que Netanyahu, Abbas e Obama retornem à mesa de negociações, com uma reunião na próxima semana em Nova York, durante a reunião da Assembleia Geral da ONU.

Após a reunião em Ramallah, fontes oficiais palestinas disseram à edição digital do jornal "Yedioth Ahronoth" que as possibilidades de que o encontro finalmente ocorra são poucas.

Uma fonte oficial da ANP reconheceu ao jornal "The Jerusalem Post" que Abbas estuda ir ao encontro de Nova York apenas devido à pressão de Washington.

Ontem à noite, Netanyahu se mostrou pouco entusiasmado a respeito: "Se será, será. Se não, não. Eu não pedi a reunião nem coloquei condições para o diálogo".
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