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Quarta-feira, 17 de julho de 2024

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PPS vai cobrar explicações de Amorim na Câmara sobre abrigo a Zelaya

O PPS promete protocolar nesta terça-feira um requerimento pedindo que o ministro Celso Amorim (Relações Exteriores) para explicar na Câmara o abrigo ao presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, que se refugia desde ontem na Embaixada do Brasil em Tegucigalpa, capital hondurenha.


A oposição quer esclarecer se o hondurenho pediu o benefício ou se o governo brasileiro foi quem articulou o abrigo.

O líder do PPS, Fernando Coruja (SC), disse que o Congresso Nacional precisa de detalhes sobre o episódio para saber se houve violação ao princípio da autodeterminação dos povos por eventual intromissão da diplomacia brasileira em assuntos internos daquele país.

Segundo o Ministério de Relações Exteriores, a viagem de Zelaya a Honduras foi comunicada por uma deputada a favor do presidente deposto para o encarregado de Negócios da embaixada brasileira, o diplomata Francisco Catunda Rezende.

Rezende responde pela representação brasileira já que o embaixador Brian Michael Fraser Neele deixou o país pouco após o golpe de Estado de 28 de junho, que destituiu Zelaya.

Rezende comunicou a intenção de Zelaya ao chanceler Celso Amorim que conversou com o presidente deposto por telefone quando este já estava na embaixada brasileira. Segundo o Itamaraty, Zelaya disse ter buscado abrigo na embaixada para voltar para à Presidência por meio do diálogo e de forma pacífica.

Amorim comunicou então o fato ao presidente Lula, que, ainda segundo o Itamaraty, reiterou o apoio brasileiro ao presidente deposto.

Segundo o Itamaraty, Amorim vê a escolha da embaixada brasileira por Zelaya "como reflexo da posição firme e responsável do Brasil em favor do retorno rápido de Zelaya à Presidência de Honduras por meios pacíficos".
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