A situação envolvendo a candidatura do PL de Mato Grosso ao Senado em 2026 está cada vez mais dividida. Além do deputado federal José Medeiros, que já havia sido colocado como principal nome para uma das duas cadeiras que estarão em disputa, a também deputada federal Amália Barros surge como nova protagonista na briga interna. Amália, no entanto, entra no páreo com status de predileta do grupo liderado pela ex-primeira dama do Brasil, Micheli Bolsonaro.
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Tudo teria começado antes da filiação do prefeito de Sinop, Roberto Dorner ao PL. O gestor era do Republicanos e conseguiu nova filiação no Partido Liberal junto ao presidente nacional da sigla, Valdemar Costa Neto.
Essa chegada do Dorner, segundo apurou a reportagem, não foi bem recebida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. O prefeito é tratado pelo grupo bolsonarista como "balseiro", empresário contra construção de pontes em rios em que a empresa dele faz o trabalho de transporte por balsa. Desde então, o ex-presidente disse que caminharia em Sinop com a empresária Mirtes da Transterra, atualmente está filiada ao Novo.
Por conta de tudo isso, Medeiros teria perdido protagonismo na luta pela vaga do Senado. Ao chegar em Sinop, Bolsonaro teria achado que Dorner “forçou a barra” para aparecer ao lado do ex-presidente. Segundo fontes internas do PL, Bolsonaro teria se queixado a Medeiros com a seguinte frase: "Esse seu prefeito, hein?". Medeiros, segundo testemunhas, apenas sorriu de canto de boca.
Percebendo que estaria perdendo espaço, uma verdadeira "tropa de choque" da bancada do agro juntou forças em Brasília para que o deputado federal por Mato Grosso, José Medeiros, seja o candidato do PL ao Senado em 2026. O grupo direitista não é formada só por parlamentares do estado, mas também de outros redutos que apoiam Medeiros em detrimento de Amália Barros no quesito candidatura ao Senado.
A força de Michelle
Amália surge com a força de Michelle, a apoiando e a carregando por todo país. O apoio também vem de outros políticos que de maneira "offline" demonstram interesse em ter Amália ao invés de José Medeiros.
"O entorno de Zé Medeiros acredita que filiação de Dorner em Sinop definiu candidato de Bolsonaro ao Senado em MT", declarou ao Olhar Direto uma fonte. O mesmo interlocutor ainda disse que o próprio governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (UNIÃO), virtual candidato ao Senado em 2026, seria inclinado a apoiar Amália, principalmente pelo passado de embates que travou com Medeiros. "Até o Mauro tem jogado a favor da Amália", completou.
A mesma fonte revelou que ouviu do próprio Bolsonaro uma frase intrigante: "Eu não vou brigar com a minha mulher [Michelle Bolsonaro] por causa da candidatura ao Senado em Mato Grosso", teria dito o presidente.
Vale lembrar que Amália está cada vez mais articulada em querer disputar a vaga do Senado. No entanto, oficialmente, nem o presidente do PL em Mato Grosso, Ananias Filho, e nem outros membros do PL falam sobre definição de nomes. Inclusive, negam qualquer cisão entre Amália e Medeiros.
