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Terça-feira, 21 de maio de 2024

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PASSAPORTE DETIDO

'Sonho que virou tragédia', lembra cuiabana que ficou 'presa' em aeroporto de Paris

Foto: Reprodução

'Sonho que virou tragédia', lembra cuiabana que ficou 'presa' em aeroporto de Paris
“Sonho que virou tragédia”. Assim definiu a cuiabana Elizabeth Cardoso, de 55 anos, que ficou “presa” no aeroporto Charles de Gaulle, em Paris. Depois de muita angústia, ela retornou para o Brasil no domingo (28).


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Em entrevista ao Programa Encontro da TV Globo, nesta terça-feira (30), a mulher relembrou os momentos de horror, angústia e medo que enfrentou durante uma semana detida. Elizabeth ficou detida na capital francesa, depois de ser acusada de integrar a lista de criminosos pela Organização Internacional de Polícia Crimininal (Interpol). Ela ainda relatou sobre o descaso do consulado brasileiro em prestar auxílio para ela. 

“Era um sonho meu que virou uma tragédia. O pesadelo que vivi não desejo para ninguém. Que esse consulado [brasileiro] faça o devido trabalho dele. Estão falando que prestaram atendimento, mas em nenhum momento [prestaram ajuda]. Eles são extremamente grossos”, contou.

“Minha família fazia contato e eles não se identificavam de forma alguma. Desligaram o telefone na minha cara três vezes, na cara da minha família. Não fizeram nada, quem fez foi minha família", acrescentou.

 Ao programa, a cuiabana afirmou que antes de decidir ir para Paris, passou um período na Irlanda, ajudando a sobrinha que tinha acabado de ganhar bebê. Ela embarcou para França no dia 20 de abril, onde pretendia passar dois dias para visitar amigos da igreja.

Ao desembarcar no Aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, ela foi barrada por policiais que alegavam que o nome dela estaria na lista da Interpol. Além disso, segundo a polícia, o passaporte da mulher estaria com queixa de roubo e furto em Portugal, em 2023. Contudo, Elizabeth alegou que nunca foi ao país.

"Foi extremamente terrível o que eu vivi naquele lugar. Não desejo para ninguém o que aqueles policiais fizeram comigo. Não consigo esquecer tudo que vivi e sofri. Eles são extremamente agressivos. Só não me bateram, mas me agrediram psicologicamente", disse aos prantos.

“Passei pela imigração de Paris e fui abordada com a acusação que eu estava usando passaporte roubado. Meu próprio passaporte, onde ele nunca saiu da minha mão. Imediatamente, fui encaminhada para a sala dos policiais que são extremamente grossos, agressões psicológicas a todo tempo. Fui muito maltradada”, relembrou.

Durante os sete dias em que ficou presa, Elizabeth afirma que ela e a família tentavam contato com o consulado brasileiro para prestar auxílio a ela. Apenas no quinto dia que esteve presa, um funcionário do Ministério das Relações Exteriores entrou em contato avisando de uma audiência que iria ocorrer, mas que "não resolveu em nada", acrescentou. 

"Foi um erro deles [imigração francesa] que nunca irão assumir. Colocaram o número do meu passaporte errado no sistema da Interpol e eu caí nessa situação sem dever nada. Não tinha fundamento, era um erro deles. [Depois da audiência] ele [funcionário do consulado brasileiro] me ligou para comunicar que meu passaporte não estava mais no sistema da Interpol e que a polícia da Cruz Vermelha iria me achar para conversar", afirmou.

Por outro lado, o ministério rebate e alega que prestou todo apoio para Elizabeth durante os sete dias que ficou presa e para os familiares. 
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