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Sexta-feira, 03 de maio de 2024

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Zelaya poderia estar morto ou planejando guerra, diz Amorim

Em audiência na Comissão de Relações Exteriores do Senado, o ministro Celso Amorim (Relações Exteriores)afirmou nesta terça-feira que, se o Brasil tivesse negado abrigo ao presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, ele poderia estar "morto" ou "planejando uma guerra civil".


"Não sei o que teria acontecido se Brasil não tivesse aceito. Ele teria sido preso, talvez morto. Ou estaria numa serra planejando uma guerra civil, uma insurreição", disse. O ministro disse que o apoio brasileiro à volta de Zelaya foi para ajudar a restabelecer a democracia e evitar a violência em Honduras.

Amorim disse que o retorno do presidente deposto foi um passo importante para a abertura do diálogo e teve respaldo internacional.

"A presença do presidente Zelaya é reconhecida por toda a comunidade internacional. Tivemos uma conversa ampla com a secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, e ouvi palavras de agradecimento pelo Brasil tentar restabelecer a democracia. A volta de Zelaya é um elemento positivo, propiciador do diálogo que não estava havendo porque o governo de facto não tem aceitado condições internacionais", afirmou.

"A volta de Zelaya é um elemento positivo, propiciador do dialogo que não estava havendo porque o governo de facto não tem aceitado condições internacionais [para uma negociação] que, inclusive, já foram acatadas pelo presidente Zelaya para evitar até mesmo uma guerra civil em seu país", completou.

O ministro disse que o Brasil avalia que tem conduzido com êxito a ocupação da embaixada brasileira por apoiadores de Zelaya, que não tem participado de atos violentos. Ele sustentou ainda aos senadores que o governo brasileiro orientou o presidente deposto a evitar excesso nas declarações que pudessem aumentar a instabilidade no país.

"Se em algum momento houve exagero, temos buscado diminuir pelos meios diplomáticos, conter as declarações exaltadas do presidente Zelaya. Quando ele disse que a posição era de pátria, restituição ou morte, eu pedi, por favor presidente Zelaya não fale em morte, porque tudo que queremos evitar é que isso ocorra, e ele atendeu", afirmou.

Amorim evitou dizer aos senadores como o Brasil define a situação de Zelaya na embaixada. A oposição quis saber se ele era convidado, hospede ou asilado político, mas o ministro desconversou.
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