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Sexta-feira, 03 de maio de 2024

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Guerra do Afeganistão é missão da Otan e não dos EUA, diz Obama

O presidente americano, Barack Obama, afirmou nesta terça-feira que a Guerra no Afeganistão não é uma batalha americana e sim uma missão da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte). A declaração foi um recado ao novo secretário-geral da aliança, Anders Fogh Rasmussen, no Salão Oval da Casa Branca.


"Esta não é uma batalha americana, é uma missão da Otan", declarou Obama aos jornalistas. "Estamos trabalhando ativa e diligentemente para consultar com a Otan em cada etapa do processo".

A reunião entre Obama e Rasmussen acontece em um momento delicado da guerra ao grupo islâmico radical Taleban no Afeganistão. O conflito, que dura oito anos e vive seu ano mais violento, enfrenta queda na popularidade nos EUA e também na Europa, onde os aliados americanos ficam cada vez mais receosos em enviar mais soldados ao combate.

Um relatório da ONU (Organização das Nações Unidas) publicado no sábado (26) indica que agosto foi o mês mais violento para civis devido à violência da insurgência. Um total de 1.500 civis morreu no Afeganistão somente entre janeiro e agosto deste ano, um aumento significativo em relação aos 1.145 civis mortos no mesmo período de 2008.

Os EUA são o país que mais investe dinheiro e soldados no confronto, iniciado como reação aos ataques terroristas de 11 de Setembro contra território americano. Recentemente, Obama anunciou uma nova estratégia para a guerra, que inclui reforço de tropas, orçamento maior, investimento em equipes de civis para treinamento e extensão do conflito para o vizinho Paquistão.

O comandante das tropas dos EUA e da Otan no Afeganistão, Stanley McChrystal, já alertou que a aliança ocidental poderá perder a guerra se não receber reforços. Fontes de Defesa e do Congresso dos EUA preveem que o general solicitará o envio de 30 mil a 40 mil soldados adicionais.

Obama deve decidir nas próximas semanas se seguirá os conselhos de McChrystal e enviará milhares de soldados adicionais ou se manterá o esforço adicional já anunciado no começo do ano e que prevê que, até o fim de 2009, haverá 68 mil soldados americanos no Afeganistão.

Equipe

Rasmussen, que já havia declarado mais cedo o apoio da Otan à guerra, concordou com Obama e reiterou que a "operação no Afeganistão não é responsabilidade apenas dos Estados Unidos". "Continuará sendo um esforço de equipe", acrescentou.

"Estou de acordo como presidente Obama nesta abordagem: estratégia primeiro, depois os recursos", afirmou Rasmussen, acrescentando que os membros da Otan também estão estudando o relatório de McChrystal.

"Está aliança ficará unida e nós ficaremos no Afeganistão até encerrarmos nosso trabalho", completou.
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