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Segunda-feira, 06 de maio de 2024

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Estado de sítio em Honduras pode ser suspenso até quinta-feira

De acordo com a assessoria de imprensa da Casa Presidencial de Honduras, o governo pode suspender até quinta-feira (1º) o decreto que instituiu o estado de sitio no país por 45 dias. A pressão para pôr fim às restrições dos direitos civis parte até mesmo da imprensa favorável ao governo golpista, da Justiça Eleitoral e do Congresso.

De acordo com a assessoria de imprensa da Casa Presidencial de Honduras, o governo pode suspender até quinta-feira (1º) o decreto que instituiu o estado de sitio no país por 45 dias. A pressão para pôr fim às restrições dos direitos civis parte até mesmo da imprensa favorável ao governo golpista, da Justiça Eleitoral e do Congresso.


Os deputados de Honduras discutem esta semana uma moção de repúdio contra o decreto, anunciado no último domingo (27), depois que o presidente deposto, Manuel Zelaya, convocou uma grande manifestação contra o golpe de Estado. Hoje (29), o único representante do Secretário Geral da Organização dos Estados Americanos em Honduras, John Biehl, informou, em entrevista à TV Brasil, que a decisão de revogar o decreto já foi tomada.

“Recebi a informação de uma fonte muita segura do governo. Já foi decidido revogar o decreto. Me surpreenderia muito se isso não acontecesse”, disse o representante da OEA.

De acordo com Biehl, uma comissão de ministros de Relações Exteriores deve chegar no próximo dia 7 de outubro em Tegucigalpa. Hoje, um dos principais empresários do país, Adolfo Facussé, propôs um acordo para pôr fim a crise, que iniciou com o golpe de 28 de junho.

Segundo a proposta, Manuel Zelaya retornaria ao poder, e Micheletti ganharia uma cadeira vitalícia no Congresso Nacional. Zelaya, no entanto, seria imediatamente julgado por crimes pelos quais é acusado, entre eles, acusações de corrupção. O empresário ainda pediu o envio de uma força internacional de segurança, composta por 3 mil soldados.

“O presidente Micheletti, de quem esperamos uma atitude patriótica, voltaria ao Congresso já não mais como presidente, mas sim como mais um deputado”, disse Facussé. Mas, por enquanto, nem a Casa Presidencial nem o presidente deposto falaram sobre a proposta.

O decreto impediu pelo segundo dia consecutivo as caminhadas de protesto nas ruas de Tegucigalpa. Os manifestantes tiveram que negociar com os policiais para permanecer em frente à Universidade Pedadógica.

Também foram divulgadas hoje as imagens gravadas da ação dos militares para fechar o Canal 36, que fazia oposição ao governo de Roberto Micheletti. As imagens do circuito de segurança mostram os militares arrancando os computadores, as antenas e os transmissores.

Já na Embaixada do Brasil, os cerca de 70 ocupantes exercitaram o corpo fazendo. Do lado de fora, seis caminhonetes descarregaram água, comida e produtos de higiene pessoal. O porta-voz da polícia, Jorge Molina, disse que Zelaya está preparado para ficar por muito tempo dentro do prédio. “Se o ex-presidente sair, vamos cumprir as ordens de prisão que existem contra ele”, garantiu.

Um dos organizadores do golpe, o comandante das Forças Armadas, Romeu Vasquéz Velasquez, considerou a possibilidade de dialogar com Zelaya. “Até em guerras entre outros países existe diálogo. Uma hora isso terá que acontecer em Honduras”, afirmou em entrevista coletiva.

Já o presidente deposto, que está sitiado na embaixada do Brasil há oito dias, pediu medidas ainda mais enérgicas da comunidade internacional para acabar com o golpe. “Creio que se a OEA, a ONU e os Estados Unidos, responsáveis por 75% da economia do país, interrompessem a ajuda financeira o golpe se reverteria em poucas horas”, afirmou Zelaya.
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