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Sábado, 04 de maio de 2024

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Mãe de Isabella Nardoni vai à Justiça contra livro sobre morte de menina

A mãe de Isabella Nardoni, 5 que morreu em março do ano passado, Ana Carolina Cunha de Oliveira, entrou nesta quarta-feira com uma ação na Justiça de São Paulo por danos morais contra a publicação do livro "Caso Isabella, verdade nova".


Publicado no Rio Grande do Sul neste ano, o livro contesta as versões da Polícia Civil e do Ministério Público de São Paulo, e levanta a hipótese de acidente doméstico. Os órgãos acusam o casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá pai e madrasta da menina, de tê-la jogado do sexto andar do prédio onde moravam, na zona norte de São Paulo, em 29 de março de 2008.

Reprodução

Ana Carolina Cunha de Oliveira e a filha, Isabella, 5, que foi jogada do sexto andar do edifício London, na zona norte de São Paulo
A ação movida pela advogada da família de Ana Carolina, Cristina Christo Leite, pede R$ 500 mil em indenização por danos morais, e tem como objetivo retirar o livro do mercado. O processo será analisada pelo juiz Edmundo Lellis Filho, da 1ª Vara Cível de Santana.

A reportagem ainda não conseguiu entrar em contato com o autor do livro, o médio Paulo Papandreu, nem com a editora Pallotti, para comentarem a ação.

Acidente

No último domingo (27), a defesa do pai e da madrasta de Isabella levantou uma nova hipótese para o crime, e disse que Isabella pode ter sido vítima de um acidente doméstico. Em entrevista ao programa "Fantástico", da TV Globo, o advogado Roberto Podval afirmou que Isabella pode ter se assustado ao acordar, cortado a rede de proteção da janela e caído.

Podval citou como exemplo o que ocorreu com a menina Rita de Cássia Rodrigues de Sena, 5, que morreu em 11 de julho deste ano ao cair do quinto andar do prédio onde morava, na zona norte do Rio. A menina ficou sozinha no apartamento enquanto os pais estavam em uma festa no condomínio, conforme revelaram as imagens do circuito de segurança interno.

"Um acidente é possível. Eu entrei nesse caso, estudei o caso e, honestamente, eu estou convencido da inocência do casal", disse o advogado.

No caso do edifício London, onde Isabella morreu, as câmeras de segurança não gravavam as imagens, o que teria começado a ser feito após a tragédia.

Para o Ministério Público de São Paulo, porém, não há dúvidas de que o casal foi responsável pela morte da menina. Em entrevista à Folha Online no início do ano, o promotor Francisco Cembranelli disse acreditar que o casal seja condenado.

"Acredito que sim [devem ser condenados], por unanimidade até. É a ideia que eu tenho de que esse acervo probatório vai ser muito bem compreendido pelo júri, possibilitando aí sim uma condenação", afirmou.

O julgamento do casal, porém, ainda não foi marcado e, segundo o TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), só deve ocorrer no próximo ano.
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